Novas turmas do Coletivo Jovem Albatroz envolvem 37 estudantes em atividades de conservação marinha em SP e RJ
Comemorando dez anos da primeira turma de jovens lideranças ambientais, novos integrantes participam de encontros em Santos (SP) e Cabo Frio (RJ)
Duas cidades, duas turmas e uma só missão: preparar jovens de diferentes faixas etárias para se tornarem as futuras lideranças ambientais em áreas marinhas e costeiras. O Coletivo Jovem Albatroz, criado pelo Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, comemora dez anos de atividade com um histórico de mais de 170 jovens envolvidos em suas formações, intervenções e atividades em prol da conservação do oceano. Este mês, duas novas turmas começaram em Santos (SP) e Cabo Frio (RJ), com uma novidade: na Região dos Lagos, os jovens têm entre 15 e 17 anos, os mais jovens a participar da iniciativa.
Eles também são pioneiros na localização: é a primeira turma a fazer os encontros semanais diretamente no Centro de Visitação do projeto, com todos os recursos de educação ambiental à disposição. No curso, estão se familiarizando com temas relevantes para o conhecimento ambiental como a biodiversidade, identidade territorial, educomunicação, justiça socioambiental e protagonismo da juventude - uma das primeiras atividades práticas, inclusive, envolveu a participação no mutirão de limpeza do World Clean Up Day.
Segundo a educadora responsável pelo Coletivo Jovem Albatroz, Thaís Lopes, a decisão de criar uma turma com jovens mais novos se deu pela importância de começar a mobilização pelo meio ambiente cada vez mais cedo, principalmente entre uma faixa etária com mais tempo livre e desejo por participar de atividades extracurriculares. “Sempre trabalhamos com jovens universitários, que têm experiências diferentes sobre a conservação. Com uma faixa etária mais nova, queremos unir o olhar curioso e questionador dos jovens em idade escolar para se aprofundarem no tema da conservação, conhecendo mais sobre a sua territorialidade, desenvolvimento sustentável e biodiversidade, além de desenvolverem habilidades que os coloquem em boas universidades e no mercado de trabalho ", explica.
Ao final do curso, a ideia é que os jovens construam, coletivamente, uma intervenção socioambiental, a ser planejada, executada, divulgada e avaliada por eles próprios, a fim de possibilitar o aprendizado durante a prática, metodologia consolidada que incentiva o protagonismo e é tradicional nas formações do CJA desde suas primeiras formações.
No litoral paulista
Santos (SP), cidade onde o Projeto Albatroz nasceu em 1990 e também onde foi realizada a primeira turma do Coletivo Jovem Albatroz, em 2015, deu início a uma nova formação também este mês, com a participação de 25 jovens que estão se reunindo semanalmente na Universidade Santa Cecília.
A formação, desta vez, tem como temática “Diferentes Perspectivas sobre a Conservação Oceânica para a Juventude”, uma vez que todas as atenções estão voltadas à Década do Oceano, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para sensibilizar o público sobre a importância do oceano e mobilizar a sociedade civil organizada em ações que favoreçam a sustentabilidade dos mares e sua biodiversidade. Nela, a ideia do CJA é aproximar os jovens das mais diversas perspectivas sobre a conservação, estimulando seu engajamento e ampliando seu repertório de oportunidades
Por meio de encontros com pesquisadores do Projeto Albatroz e profissionais de instituições parceiras, a formação prevê atividades teóricas e práticas que permitam aos jovens desenvolver pertencimento territorial, consciência socioambiental, protagonismo e engajamento com a conservação marinha, através da interação com princípios teóricos e metodológicos da educação ambiental.
Liderado pela educadora ambiental Arianne Fonseca e pela Marcela Mendonça, educadora da Equipe Pedagógica, ambas integrantes formadas pelo próprio CJA, sob orientação de Thaís Lopes, o Coletivo Jovem Albatroz busca sempre a mesma essência. "Nós adotamos uma série de princípios teóricos e metodológicos da educação ambiental crítica e dialógica nas formações, pautado nos princípios “jovem educa jovem”, “jovem escolhe jovem” e “uma geração aprende com a outra", e nesse curso não é diferente", afirma Arianne.
“Nossos encontros sempre estão baseados na construção de uma educação ambiental crítica e dialógica, que empodera, gera autonomia e protagonismo das juventudes. Com ela queremos ampliar o aprendizado nas formações acadêmicas e construir por meio do diálogo uma visão mais ampla e aprofundada sobre a conservação oceânica", finaliza Thaís.
Leia mais
+ Notícias

World Clean Up Day: Projeto Albatroz recolhe 357 k...
Atividade realizada no Centro de Visitação teve a participação de escolas municipais, moradores das ...
29/09/2025
29/09/2025 Leia mais
Em Santos, Projeto Albatroz integra Festival de Cu...
Evento em Santos reuniu especialistas, projetos e instituições para discutir a integração da cultura...
15/09/2025
15/09/2025 Leia mais