Ameaças | Projeto Albatroz
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Ameaças

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Das 22 espécies de albatrozes do mundo, 17 estão ameaçadas ou em algum grau, de extinção, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). E mais da metade deste número são todas as espécies que ocorrem no Brasil (10 espécies), sendo que seis interagem com a pesca.

Ameaçados ou em ameaça crítica é a denominação para quando restam poucas centenas ou apenas dezenas de indivíduos de uma determinada espécie. Ou seja, é a denominação dada para classificar o grau de extinção em que se encontra uma determinada espécie. O status de conservação das espécies listadas a seguir segue a Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção do Instituto Chico Mendes.

Das seis espécies de albatrozes que interagem com a pesca brasileira, todos estão ameaçados de extinção em algum grau: o albatroz-de-Tristão (Diomedea dabbenena); o albatroz-de-sobrancelha-negra (Thalassarche melanophris); o albatroz de-nariz-amarelo-do-Atlântico (Thalassarche chlororhynchos); o albatroz-viageiro ou albatroz-errante (Diomedea exulans); o albatroz-real-do-norte (Diomedea sanfordi) e o albatroz-real-do-sul (Diomedea epomophora).

Todos esses casos merecem atenção. Mas um, em especial, é objeto de maior preocupação: o albatroz-viageiro, cujas populações vêm declinando em taxas anuais alarmantes. A situação crítica dessa espécie levou o Acordo para Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP) a determinar que ela fosse considerada prioritária em suas medidas de conservação. O ACAP é um acordo multilateral que tem como objetivo atingir e manter um estado favorável para a conservação de albatrozes e petréis. Tem 13 países membros, que devem adotar planos de ação para atingir o seu objetivo.

A principal causa de declínio de diversas populações dos albatrozes é a captura não-intencional pelos barcos que usam espinhel pelágico, uma técnica de pesca industrial utilizada em águas profundas para apanhar atuns, espadartes (vendidos comercialmente como meca) e tubarões (vendidos comercialmente como cação). Esse problema ocorre porque, ao tentarem comer as iscas, as aves ficam presas nos anzóis e morrem afogadas. 


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