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Técnicos do Projeto Albatroz e UNIVALI integram força-tarefa internacional para realização de estudo inédito para a conservação na África do Sul

Workshop da FAO/BirdLife na África do Sul teve o objetivo de compilar dados sobre a captura incidental de aves oceânicas ao redor do mundo

O coordenador científico do Projeto Albatroz, Dr. Dimas Gianuca, e o professor da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Rodrigo Sant'Ana, colaborador do Projeto Albatroz, viajaram a Skukuza, África do Sul, para participar do workshop Global Seabird Bycatch Assessment, promovido pelo Common Oceans Tuna Project, em parceria com a BirdLife International. Realizado entre os dias 23 de fevereiro e 1º de março, ele teve como objetivo fazer, pela primeira vez, uma estimativa global da captura incidental de albatrozes e petréis dos mares do sul.

Para isso, contou com a presença de pesquisadores de todo o mundo, empresas privadas, governos e outras entidades não-governamentais. A participação do Brasil se deu graças aos dados históricos de captura incidental fornecidos pelo Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, que são coletados desde 1995 pelo Programa de Observadores de Bordo da instituição.

De acordo com o Dr. Dimas Gianuca, a captura incidental de aves marinhas pela pesca de espinhel pelágico/de superfície é ainda uma das maiores ameaças à sobrevivência de albatrozes e petréis ao redor do mundo, bem como de tartarugas marinhas e outras espécies impactadas. Até então, não existia uma estimativa global desse tipo de captura por dois motivos: a confidencialidade e a confiabilidade dos dados coletados pelos diferentes países.

Estes problemas, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), foram resolvidos através do trabalho conjunto de diversos países e pela criação de metodologias analíticas robustas para lidar com as lacunas de informação.

Benefícios da estimativa global

O número oficial ainda não foi divulgado, porém, com a estimativa da captura global em mãos, a intenção das instituições é utilizar os dados para avaliar o atual impacto dessa pescaria e aperfeiçoar estratégias de para a mitigação da captura incidental de albatrozes e petréis a nível global.

“Eles nos ajudarão a avaliar se essa mortalidade continua sendo uma grande ameaça às populações de albatrozes e petréis e também se as medidas de conservação que estão sendo recomendadas pelas Organizações Regionais de Ordenamento Pesqueiro (OROPs) e legislações de diversos países estão funcionando de fato”, explica o coordenador científico do Projeto Albatroz. Segundo ele, apesar de existirem diversas recomendações ao redor do mundo, a implementação das medidas mitigadoras em larga escala ainda é um grande desafio.

Além do Brasil, também participaram do workshop outros dez países: África do Sul, China, Japão, Coréia do Sul, Estados Unidos, Uruguai, Nova Zelândia, Indonésia, Inglaterra e Seychelles.

Sobre o Common Oceans Tuna Project

O Common Oceans Tuna Project, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente e implementado pela FAO, une os esforços de um grande e diversificado grupo de parceiros, incluindo as cinco Organizações Regionais de Ordenamento Pesqueiro (OROPs),  governos, organizações intergovernamentais, organizações não-governamentais e setor privado para alcançar uma produção responsável, eficiente e sustentável de atum e conservação da biodiversidade em áreas fora da jurisdição nacional.

Desde 2017 o Projeto Albatroz integra os grupos de trabalho do órgão com a modelagem de estatísticas para oferecer dados mais consistentes sobre a captura para esta estimativa global. Saiba mais sobre o workshop realizado no Brasil em 2017 pelo Projeto Albatroz em parceria com o Common Oceans Tuna Project neste link.

 

 

@Dimas Gianuca_2

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