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Projeto Albatroz sedia oficina nacional de monitoria do PLANACAP em Cabo Frio (RJ)

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Especialistas definem indicadores que vão orientar os próximos passos do 4° ciclo de gestão do plano nacional de conservação

O Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha do Projeto Albatroz, em Cabo Frio (RJ), recebeu recentemente a Oficina de Elaboração de Indicadores e Metas do 4° Ciclo do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Albatrozes e Petréis - PLANACAP. O encontro reuniu especialistas de instituições de referência em pesquisa, conservação e fiscalização ambiental.

O principal propósito da reunião foi a definição de indicadores de acompanhamento dos objetivos específicos do plano, instrumentos fundamentais para avaliar o andamento das ações do PLANACAP, identificar desafios e orientar ajustes estratégicos. Segundo o Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Projeto Albatroz, Gabriel Canani. " Avaliamos o andamento das ações, discutimos os pontos que precisam de maior atenção e estabelecemos indicadores para entender melhor o avanço de cada objetivo do Plano."

Para a coordenadora geral e fundadora do Projeto Albatroz, Tatiana Neves, receber a reunião no Centro foi um momento especial "Realizar a reunião de monitoria no Centro de Visitação foi especialmente importante e marcante para a gente, porque muitas das pessoas que trabalham pela conservação dos albatrozes no Brasil estavam presentes. Foi muito emocionante poder mostrar o Centro para profissionais que nos acompanharam desde a concepção, a construção e, finalmente, o uso do espaço."

Participaram representantes do Projeto Albatroz,Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (SINDIPI), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), BirdLife International e da Associação Guará-Vermelho, reforçando a colaboração entre diferentes setores da ciência e conservação ambiental.


O que é o PLANACAP?

O Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis foi elaborado em 2006 e, desde então, já passou por três ciclos completos de gestão, o primeiro entre 2006 e 2011, o segundo entre 2012 e 2017 e o terceiro entre 2018 e 2023. Atualmente em seu quarto ciclo, o PLANACAP contempla sete espécies de albatrozes e petréis ameaçadas de extinção, além de outras cinco presentes no Acordo para a Conservação de Albatrozes e Petréis - ACAP.

O PLANACAP é no Brasil a referência para a implementação do acordo, que conta com a participação de 13 países e busca conservar albatrozes e petréis, coordenando ações internacionais para mitigar ameaças às populações destas aves migratórias. O ACAP foi ratificado e entrou em vigor no Brasil em 2008, no âmbito da Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Objetivos específicos do PLANACAP

O plano organiza suas ações em certos objetivos específicos, que balizam toda a implementação nacional:

- Compreensão das interações e mitigação da captura incidental e da mortalidade de Albatrozes e Petréis nas diferentes pescarias nacionais, com foco no espinhel pelágico industrial e nas pescarias de linha e anzol de pequena escala no Sudeste e Sul;
- Geração de conhecimento, monitoramento e redução dos impactos dos empreendimentos offshore, incluindo eólicas, petróleo e gás, sísmica e mineração;
- Geração de conhecimento, monitoramento e redução dos impactos relacionados a patógenos, poluição e mudanças climáticas;
- Desenvolvimento e implementação de ações de políticas públicas, educação ambiental e comunicação.

Engajamento da sociedade

Segundo Tatiana, a sociedade pode colaborar de diversas formas, principalmente se informando e engajando em ações do projeto e das instituições parceiras. "A sociedade pode ajudar na conservação dos albatrozes e petréis lendo, acompanhando as postagens do Projeto Albatroz nas redes sociais, bem como as matérias publicadas pelos veículos de comunicação e de outras instituições parceiras, como IBAMA, ICMBio e o setor pesqueiro, como, por exemplo, o SINDIPI, sindicato patronal dos armadores de pesca de Itajaí." Isso ajuda a dar visibilidade às ações de conservação desenvolvidas.

Ela  também destacou os impactos do consumo de plástico no ecossistema marinho e como a sociedade pode colaborar nesse enfrentamento. "Vale destacar o papel da sociedade em relação à produção de resíduos. Isso impacta o consumo de lixo plástico pelos albatrozes, petréis e muitas outras espécies marinhas. Eles acabam ingerindo os resíduos por engano, e até mesmo alimentam seus filhotes com ele, causando fome e até a morte. A poluição impacta toda a cadeia alimentar, incluindo nós mesmos."

Com esta ação, o Projeto Albatroz contribui diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): ODS 14 - Vida na Água, protegendo espécies marinhas ameaçadas e promovendo oceanos sustentáveis; ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis, ao conscientizar sobre o impacto do lixo plástico e incentivar práticas mais sustentáveis na indústria da pesca; ODS 13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima, por meio de monitoramento de impactos ambientais e climáticos; ODS 4 - Educação de Qualidade, com ações de educação ambiental e comunicação.

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