Arraiá do Albatroz valoriza cultura e gera impacto socioambiental em Cabo Frio | Projeto Albatroz
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Impacto social é destaque no Arraiá do Albatroz, realizado em Cabo Frio

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Inclusão, representatividade e geração de renda para comunidade local definiram os requisitos da organização do evento

O Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, realizou em junho o Arraiá do Albatroz - iniciativa que mobilizou turistas e população local em torno da valorização de tradições e saberes populares como estratégia de fortalecimento territorial e sensibilização para a conservação oceânica e dos albatrozes e petréis.

Com um público de mais de 1.500 pessoas, o evento integrou ações e iniciativas de validação e reforço dos valores socioambientais do Projeto Albatroz. “Desde sua concepção, quando o termo ‘celebração’ surgiu na equipe, definimos que o evento deveria ser um ato de conexão com o território, o meio ambiente e a população. Assim, estabelecemos que o impacto social seria uma diretriz central da organização”, destaca o coordenador de Educação Ambiental do Projeto Albatroz, Paulo Salomão.

Estratégias de integração com o território

Para garantir essa diretriz, estratégias foram adotadas para reduzir o impacto ambiental, como a redução de plásticos e descartáveis através do uso de copos de papel, a ampla comunicação incentivando o uso de recipientes reutilizáveis, o fornecimento gratuito de água e a parceria com a Cooperativa de Trabalho e Beneficiamento de Materiais e Educação Ambiental de Cabo Frio, a COOPERBEN, responsável pela coleta seletiva no evento. “Há quase quatro anos atuando em Cabo Frio, a COOPERBEN tem como objetivo contribuir com duas questões fundamentais: a destinação correta dos resíduos e a inclusão social dos catadores, promovendo organização, renda, visibilidade e dignidade a essa parcela da população em situação de vulnerabilidade”, explica Antônio Carlos, diretor da cooperativa.

Composta atualmente por 34 membros — 70% mulheres —, a Cooperativa busca assegurar, mensalmente, ao menos um salário mínimo aos cooperados, além de acesso a direitos como conta bancária e benefícios previdenciários. “A participação em eventos como esse representa uma conquista para a cooperativa e também para os trabalhadores” – reforça o presidente. “Não só pela geração de renda, mas, principalmente, pelo reconhecimento social do nosso trabalho e pela inclusão dessas pessoas numa perspectiva social de trabalho e dignidade.”, afirma o presidente da COOPERBEN.

A COOPERBEN recolheu um total de 21,7 kg de materiais destinados ao reaproveitamento. Para este recolhimento, foram empregados dois profissionais remunerados por meio da ação realizada com o Projeto Albatroz. 

Representatividade e economia criativa

A Feira de Artesanato foi outra frente de impacto social estruturada a partir do mapeamento territorial. Inserido no projeto de Educação Ambiental do Centro de Visitação, em Cabo Frio, há seis meses, o relacionamento com as comunidades do entorno busca desenvolver propostas de vínculo com os públicos prioritários do Projeto Albatroz.

Com isso, os critérios de diversidade e representatividade definiram a ocupação das 40 barracas de artesanato no Arraiá do Albatroz. “Reunimos aqui artesãs da comunidade pesqueira e da comunidade quilombola. Integramos responsáveis por atletas federadas da cidade para arrecadação de renda para campeonatos. Fortalecemos o trabalho das Oficinas de Artesanato oferecidas em junho, no Projeto Albatroz, com a participação do coletivo Dandaras.” – destaca o educador ambiental Alessandro Andrade. “Consolidamos, assim, uma etapa importante da proposta socioambiental do Projeto Albatroz em Cabo Frio.”

Todos os expositores participaram de forma gratuita, sem cobrança de taxa ou repasse sobre as vendas.

Geração de renda

Além do artesanato, a Praça de Alimentação também foi pensada como instrumento para o fortalecimento econômico local. Para a oferta de comidas típicas, onze empreendedores, também moradores das comunidades do entorno, foram contactados com base em sua atuação em praias e praças da cidade. 

Todos foram convocados previamente para reconhecimento do espaço, alinhamento com as regras e normas de higiene, segurança, transparência e bom atendimento no evento e para formalização do compromisso. Daniele Rocha, coordenadora do Centro de Visitação, pontua essa etapa como significativa para o engajamento das pessoas com a iniciativa. “Essa etapa inicial, antes do evento, foi determinante para  o sucesso e comprometimento do grupo com todos os valores disseminados pelo Projeto Albatroz.” relembra a coordenadora e explica: “E isso resultou em alto índice de satisfação com a qualidade e atendimento dos serviços de alimentação ao fim do evento.”  

Gabriel Macedo, proprietário da Perellò Crepes, reforçou a importância do Arraiá do Albatroz na programação de eventos da cidade e para a geração de renda. “A data no fim de mês foi estratégica para quem trabalha com base em um calendário de eventos na cidade.” – reforçou. “Superamos nossa expectativa de venda. Até então, estávamos vendendo 2 caixas de leite na Praça da Cidadania e hoje, foram 10 litros de leite.” O Projeto Albatroz cedeu o espaço e a estrutura elétrica, sem cobrança de taxa ou repasse sobre as vendas.

Mais do que uma celebração cultural, o Arraiá do Albatroz se consolidou como um evento de cidadania, pertencimento e responsabilidade com o território, promovendo a participação social de forma inclusiva e transformadora.

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