Ifes sedia nova base avançada do Projeto Albatroz no Espírito Santo
Parceria reforça a presença e ações da equipe técnica junto à frota pesqueira de Itaipava (ES)
Com mais de 400 barcos em operação, a frota pesqueira de Itaipava, no litoral do Espírito Santo, desenvolve diversas artes de pesca que requerem atenção especial para o manejo de iscas e proteção de aves pelágicas. É nesta região que o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, inaugurou, recentemente, sua mais nova base avançada. O escritório está localizado nas dependências do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Piúma (ES).
Ela terá a função de marcar a presença da iniciativa em solo capixaba e também realizar atividades de sensibilização com pescadores locais sobre a importância de conservar as espécies de albatrozes e petréis que interagem com a pesca espinheleira no estado.
“A base também fará o monitoramento da frota de Itaipava. Ela é extremamente relevante para a conservação de diversos grupos animais, porque sabemos que ela tem uma interação relevante com aves marinhas, albatrozes e petréis”, explica a coordenadora geral do Projeto Albatroz, Tatiana Neves. Ela afirma, ainda, que a frota é bastante numerosa e trabalha com várias artes de pesca, às vezes, simultaneamente.
Entre as variedades, há espinhel de fundo, espinhel de meca, pargueira e o espinhel de dourado. Este último, segundo a coordenadora, fica todo o tempo próximo da superfície e interage fortemente com albatrozes e tartarugas marinhas em alto-mar.
“O espinhel de dourado é tão relevante que foi considerado uma das prioridades da atualização do Plano Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis”, ressalta. “Recentemente, foi feita uma análise de risco ambiental dessa frota em relação às principais espécies de albatrozes e petréis. Esse estudo mostrou que a frota é muito relevante no sentido do número de captura e interação com as aves ameaçadas de extinção”.
Parceria em prol da conservação
O trabalho do Projeto Albatroz no Espírito Santo é realizado em parceria com o Ifes, instituição de ensino superior de referência no estado. A base conta com o apoio do professor Jones Santander, do Laboratório de Dinâmica de Populações Marinhas (Dimar) e do estagiário Bernardo Rody Machado, aluno da instituição.
“Com isso, a frota passa a ser acompanhada de perto pelo Projeto, tanto dentro do porto, quanto nos cruzeiros em alto-mar”, afirma. “O objetivo é conhecer melhor a interação das aves com as pescarias desta frota, quantificar a captura incidental e buscar formas de mitigar a captura com técnicas a serem desenvolvidas em conjunto com os pescadores”, finaliza Tatiana Neves.
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