BAAP oferece quase dez mil amostras biológicas para realização de pesquisas sobre albatrozes
Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis recebe e cataloga amostras de aves, além de fazer a mediação entre as amostras e os solicitantes
Com o objetivo de facilitar o acesso de pesquisadores às amostras biológicas para a produção de estudos científicos sobre Procellariiformes, o Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP), gerido pelo Projeto Albatroz, que é patrocinado pela Petrobras, em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE) e a R3 Animal, está em constante atualização de seu diretório de informações. Somente em 2022, o volume de amostras disponíveis para consulta aumentou 57,5%, se aproximando das dez mil amostras.
No total, há 9.989 materiais de 39 espécies diferentes catalogados no diretório do BAAP, entre sangue, órgãos, gônadas, ossos, cultura bacteriana, parasitas, pele, penas e diversos outros tecidos. Para solicitar o acesso às amostras, é necessário preencher um formulário no site.
O BAAP tem a função de receber, processar, organizar e armazenar amostras biológicas de albatrozes e petréis, para fomentar a pesquisa através do acesso ao material biológico proveniente do trabalho e intercâmbio de informações de 18 instituições parceiras (universidades, grupos de pesquisa, etc), maximizando o aproveitamento do material, destinando as carcaças dos animais para coleções ornitológicas e convertendo todas as amostras em fonte de dados para pesquisadores interessados.
Segundo a consultora técnica do Projeto Albatroz em Florianópolis (SC) e responsável pelo BAAP, Alice Pereira, as novas amostras são obtidas principalmente pela parceria com instituições ligadas ao Programa de Monitoramento de Praias (PMP), contratadas pela Petrobras, além de organizações que atuam no resgate e reabilitação de aves marinhas de diversas regiões do Brasil. Ela explica que a adição de novas amostras faz parte do objetivo do BAAP de obter um volume cada vez maior de amostras catalogadas para facilitar o acesso dos pesquisadores brasileiros à informações que contribuam com suas pesquisas sobre a conservação dessas aves oceânicas que vivem tão longe da costa.
“Estamos encerrando o ano com um número expressivo de amostras relevantes de uma diversidade ainda maior de espécies de albatrozes e petréis que podem ser valiosas para pesquisadores nacionais e internacionais, e estudantes de graduação e pós-graduação desenvolverem seus estudos e contribuírem com a comunidade científica”, ressaltou.
Como utilizar as amostras do BAAP?
As amostras biológicas catalogadas pelo BAAP estão disponíveis para pesquisadores que desejem analisá-las, compará-las e listá-las em seus estudos científicos. Após preencher o formulário de interesse em amostras no site, o projeto de pesquisa e justificativa é avaliado por consultores através do sistema de revisão por pares (peer review) do BAAP.
Caso seja deferido, o pedido do pesquisador será encaminhado ao coletor das amostras para autorização de sua cessão. Caso as amostras não estejam em posse do BAAP fisicamente, mas sim mantidas junto ao coletor, a gestão do BAAP intermediará o contato entre o pesquisador e a instituição em que a amostra está armazenada para que sigam o processo de cessão dos itens solicitados.
Como contribuir para o acervo do BAAP?
Pesquisadores interessados em cadastrar suas amostras no site podem entrar em contato pelo e-mail baap@projetoalbatroz.org.br. Para que novas amostras sejam adicionadas ao diretório do BAAP é necessário que a coleta da amostra siga padrões definidos pelo próprio banco, detalhados no portal, e que sejam enviados dados específicos, conforme o protocolo de coleta disponibilizado no site do Projeto Albatroz.
Sobre o BAAP
Criado no início de 2018 como parte das ações previstas no Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (Planacap), o Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP) está localizado na Estação Ecológica dos Carijós, em Florianópolis (SC), por meio de uma parceria entre o Projeto Albatroz, R3 Animal e CEMAVE/ICMBio. A iniciativa tem a função de receber, processar e organizar amostras biológicas de albatrozes e petréis, que servirão para fomentar a pesquisa através do acesso ao material biológico armazenado pelo Projeto Albatroz e o intercâmbio de informações entre instituições parceiras (universidades, grupos de pesquisa, etc), maximizando o aproveitamento do material, destinando as carcaças dos animais para coleções ornitológicas e convertendo todas as amostras em fonte de dados para pesquisadores interessados.
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