Protocolo virtual orienta sobre boas práticas para coleta de amostras de albatrozes e petréis
Publicação tem o objetivo de otimizar o uso dos materiais biológicos cadastrados em banco nacional
Obter amostras biológicas de boa qualidade e que atendam aos critérios de pesquisas dentro e fora do país é indispensável para o avanço de estudos científicos sobre as aves oceânicas e sua conservação. Com o intuito de orientar pesquisadores sobre as melhores práticas para coletar e catalogar amostras biológicas de albatrozes e petréis para coleções científicas, o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, contribuiu recentemente com a organização de um protocolo online simplificado com informações sobre o assunto, realizado em parceria com o CEMAVE/ICMBio. O documento digital pode ser lido na íntegra neste link.
O objetivo é incrementar a qualidade e a relevância do material que chega ao Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP), iniciativa lançada pelo Projeto Albatroz com coordenação do CEMAVE/ICMBio com apoio da R3 Animal em 2017 como resultado de ações propostas no âmbito do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (PLANACAP) em alinhamento às diretrizes do Acordo Internacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP).
O BAAP integra universidades, grupos de pesquisa, centros de reabilitação de animais marinhos, instituições responsáveis pelo monitoramento de praias e outros que possuam, acessem ou tenham a intenção de acessar material biológico de albatrozes e petréis, em prol da conservação das espécies que ocorrem no Brasil.
Assim, surgiu a necessidade da criação deste protocolo simplificado, que reúne guias de boas práticas oficiais de coleta do ACAP a fim de facilitar o trabalho de coleta e separação do material biológico para os profissionais em campo, apoiando estudos em genética, saúde, ecologia, ecotoxicologia, impactos da poluição e da ingestão de plástico, entre outros assuntos considerados prioritários para atingir as estratégias estabelecidas pelo PLANACAP/ACAP.
De acordo com a bióloga e ornitóloga especializada em aves marinhas, responsável pela base do Projeto Albatroz em Florianópolis (SC), Alice Pereira, manter a sistematização desses materiais é indispensável para uma boa coleção pública. “A padronização é importante para que os resultados de trabalhos científicos com o mesmo tema, tanto dentro como fora do Brasil, tenham o mesmo valor comparativo entre si, ao menos no que tange os métodos de coleta", explica.
Além disso, ela destaca que a padronização das coletas facilita o intercâmbio de amostras entre instituições e pesquisadores, possibilitando um incremento no número amostral dos estudos.
O Protocolo para Coletas de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis foi organizado pelas biólogas Alice Pereira (Projeto Albatroz) e Patrícia Serafini (CEMAVE/ICMBio) e teve a diagramação de Isabela Holl - voluntária da equipe de comunicação do Projeto Albatroz.
Texto: Danielle Cameira
Revisão: Jéssica Branco
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