Zirk Botha bate recorde mundial de travessia a remo e é recebido pelo Projeto Albatroz em Cabo Frio (RJ) | Projeto Albatroz
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Zirk Botha bate recorde mundial de travessia a remo e é recebido pelo Projeto Albatroz em Cabo Frio (RJ)

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Em uma verdadeira viagem de albatroz, o aventureiro extremo e ex-oficial da Marinha da África do Sul, Zirk Botha, de 59 anos, chegou a Cabo Frio (RJ) no último domingo (28). Após 36 anos da primeira travessia do Atlântico Sul a remo, realizada pelo brasileiro Amy Klink, Bortha quebrou o recorde mundial da travessia ao completá-la sozinho em 71 dias - numa distância total de 7.200 km ou 4 mil milhas náuticas.

Apesar de ser uma distância facilmente percorrida pelos albatrozes no oceano, o trajeto é cheio de desafios para uma pessoa sozinha em um barco a remo. Para maior segurança, Botha adota a estratégia de manter seu barco 'Ratel' longe dos barcos de pesca, além de redobrar a atenção a outros navios, tradicionais na costa do Rio de Janeiro.

Ao desembarcar, o atleta, já cansado, comemorou o feito levantando as bandeiras do Brasil e da África do Sul, sob aplausos do público. Ele foi recepcionado pelo diretor da Sub Sede do Iate Clube do Rio de Janeiro Jomar da Silva Pereira Roscoe e o consultor de assuntos estratégicos do Projeto Albatroz no estado, Eduardo Pimenta. Na ocasião, Botha foi presenteado com um kit do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras.

Segundo Botha, sua aventura foi motivada pelo planeta e pelo desenvolvimento sustentável. "Minha travessia apoia o desenvolvimento sustentável e promove a energia renovável como uma solução para questões ambientais e mudanças climáticas", disse. “Quando comecei a planejar esta viagem, há dois anos, as pessoas disseram que eu estava louco. Quero encorajar a todos a sonhar grande, fazer grande e nunca permitir que ninguém o desanime. A vida é uma grande aventura”.

O percurso de Botha foi 100% autossustentável, com energia 100% renovável, com baterias carregadas com energia solar como fonte de eletricidade para os equipamentos de seu barco, gerador de água (dessalinizador), piloto automático, equipamento de segurança, rádio e equipamento de comunicação por satélite. 

Conhecido por suas aventuras oceânicas, o brasileiro Amyr Klink foi o primeiro a cruzar o Atlântico Sul sozinho em um barco a remo de madeira, em 1984. Na época, Klink tinha 28 anos e realizou o percurso entre a Namíbia e a Bahia (3.700 milhas náuticas) sem tecnologia digital em 100 dias. Botha também exaltou o feito do brasileiro. “Hoje quero saudar esta lenda [Amyr]. Minha rota da Cidade do Cabo ao Rio em 2020-2021 foi um pouco diferente e mais longa a 4000 nm, e eu tenho um barco mais avançado tecnologicamente. Tenho a honra de seguir os passos desta lenda viva”, escreveu sul-africano em um post no Facebook.

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