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Vídeo produzido pelo CJA ajuda no processo de aprovação do Plano de Manejo das APAs Marinhas

Foto Not?cias

Produção audiovisual retratou depoimentos de conselheiros para o Instituto Linha D’água, na capital paulista

As Áreas de Proteção Ambiental Marinhas (APAs) Marinhas do litoral de São Paulo são demarcações oceânicas com o objetivo de garantir a sustentabilidade dos recursos marinhos, sobretudo os pesqueiros, sua biodiversidade e auxiliar nos conflitos gerados devido a diversos interesses sociais e econômicos na zona costeira. O Coletivo Jovem Albatroz contribuiu para a construção do Plano de Manejo das APAs Marinhas do Litoral Centro e Sul do estado com uma produção audiovisual coletiva. O vídeo contribuiu para a aprovação do plano, ocorrido no último dia 26 de junho.

O plano de manejo de uma unidade de conservação é um documento onde são detalhadas as características da região, do ponto de vista físico e geológico, sua biodiversidade, os grupos que habitam o local e suas atividades na área. A partir do diagnóstico da região, são elaboradas normas e programas que serão vigentes no território da unidade.

Um dos pilares do trabalho do Coletivo Jovem Albatroz (CJA) é utilizar ferramentas da educomunicação para facilitar processos de educação ambiental. Por meio da produção audiovisual, os jovens, que já estavam por dentro do processo de construção do documento, puderam ajudar a sensibilizar as partes envolvidas na aprovação da APA por meio de depoimentos colhidos junto a alguns membros do conselho gestor das unidades de conservação.

A intenção do vídeo era relatar a importância desses instrumentos de gestão e a necessidade de que fossem aprovados no Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA), em acordo com a decisão territorial apoiada pela maioria dos Conselhos Gestores da Unidade de Conservação.

Segundo Lucca Scarimbolo, que participa do CJA desde 2016, a participação em prol da causa foi uma realização de um sonho do coletivo. Isso porque a facilidade dos seres humanos em compreender e se sensibilizar com produções audiovisuais é grande, assim como a relevância da ferramenta na educação ambiental.

“Muitas vezes, questões importantes dentro do âmbito socioambiental apenas se movem através de documentos técnicos, que acaba mantêm o tema muito impessoal e distante no olhar dos tomadores de decisão”, afirma. “O vídeo vem para acompanhar esse conteúdo mais técnico, humanizando mais o tema, aproximando-se mais à realidade de quem vive nas APAs, por exemplo”.

Scarimbolo explica, ainda, que a produção deste tipo de conteúdo em contato com os atores das comunidades tradicionais da Baixada Santista foi fundamental para o sucesso da causa. “A educomunicação é uma forma de enriquecer a produção desse tipo de conteúdo, pontuando questões importantes, de forma acessível. A população mais urbana e menos ligada às áreas ambientais, acaba não conhecendo qual a verdadeira realidade dos pescadores e demais populações envolvidas. Por isso precisamos sempre trabalhar para nos aproximarmos deles”.

Os vídeos podem ser assistidos na íntegra neste link.

Plano de Manejo

Em 2018, cinco reuniões foram realizadas em Santos (SP) para discutir e definir os principais temas a serem trabalhados pela gestão da APA e suas normas. Tais normas foram elaboradas de maneira conjunta pela gestão da APA, a Fundação Florestal, órgão estadual responsável pelas unidades de conservação paulistas, e diversos representantes do poder público e sociedade civil, entre eles prefeituras municipais, órgãos ambientais de níveis estadual e federal, instituições de ensino e pesquisa, associações de pescadores e moradores, instituições não-governamentais atuantes na região e empresas de turismo.

A responsável pelo CJA, Thaís Lopes, e a jovem Carolina Silva participaram dessas reuniões como “agentes mobilizadoras” para a APA Litoral Centro, realizando reuniões intermediárias com as comunidades tradicionais de Peruíbe e Praia Branca (Guarujá), com o objetivo de facilitar a compreensão dos pescadores artesanais e aumentar a participação do setor nas consultas públicas.

Após a elaboração conjunta das normas de gestão da APA, o plano foi submetido à aprovação do Conselho Gestor da unidade, com representantes de todos os setores. Já aprovado, o documento foi analisado pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (CONSEMA), que também o ratificou.

O último passo para a aprovação do plano deve acontecer até o final do ano, com a publicação do decreto pelo Governo do Estado de São Paulo.

Para Thaís Lopes, responsável pelo Coletivo Jovem Albatroz, a aprovação da APA foi um momento especial para os participantes do CJA. “O processo de elaboração destes documentos demorou mais de nove anos para ser finalizado e com o trabalho conjunto entre instituições conseguimos este resultado”, afirma. “Isso só reforça a importância da gestão articulada com todos os setores da sociedade, trabalhando com uma linguagem acessível para todos. Foi exatamente por meio desta linguagem que o CJA pode colaborar. Por meio dos vídeos, fizemos um recorte do processo participativo elaborado até então, o que auxiliou na tomada de decisão dos conselheiros do CONSEMA.”.

O Coletivo Jovem Albatroz faz parte da Rede Jovem Mar, iniciativa criada pela Rede BIOMAR, formada pelos Projetos Albatroz, Tamar, Golfinho Rotador, Baleia Jubarte e Coral Vivo, patrocinados pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.


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