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Projeto Albatroz comemora 32 anos com avanços em educação ambiental, pesquisa científica e políticas públicas

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Entre as principais conquistas está a construção do primeiro Centro de Visitação, a ser inaugurado em Cabo Frio (RJ)

Nascido da iniciativa de uma jovem bióloga, Tatiana Neves, durante sua pesquisa no Terminal Pesqueiro de Santos (SP), o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, comemorou este mês, 32 anos de trabalho pela conservação deste grupo de aves, considerado um dos mais ameaçados do planeta.  Nos últimos meses, além da ampliação das ações de educação ambiental nas escolas da região Sudeste, a instituição também deu passos adiante na construção do seu primeiro Centro de Visitação, a ser inaugurado em Cabo Frio (RJ) no ano que vem.

O Centro Albatroz terá como objetivo principal disseminar a cultura oceânica e também desenvolver a educação ambiental marinha para crianças, jovens, educadores, pescadores e turistas de toda a Região dos Lagos, alinhado com a Década do Oceano, que teve início em 2021.

Nele, os visitantes poderão vivenciar experiências relacionadas ao ecossistema marinho e costeiro e também a biologia e as características dos albatrozes e petréis, grupo de aves mais ameaçado do planeta. No espaço, também serão realizadas exposições tecnológicas e artísticas, oficinas e atividades socioambientais e culturais para o público.

Educação Ambiental

Entre as principais ações de educação ambiental do último ano, houve a realização da primeira formação do Coletivo Jovem Albatroz (CJA) de forma totalmente remota, aberta para jovens entre 18 e 29 anos de todo o Brasil. Inspirada na temática da Década do Oceano, durante o processo de formação foi proposta e criada uma intervenção virtual, que resultou em três reels (vídeos) publicados no Instagram do Projeto Albatroz. Posteriormente, essa ação, chamada de #AfetoOceano, foi adaptada para ações presenciais em 2022.

O Coletivo Jovem Albatroz teve mais de cem jovens envolvidos em suas ações que visam a construção de novas lideranças jovens socioambientais. Para sensibilizar e orientar comunicadores sobre a temática da conservação marinha, o CJA também organizou um curso para influenciadores digitais, realizado em Cabo Frio (RJ).

A equipe de educação ambiental do Projeto Albatroz também testou e lançou oficialmente a Maleta Albatroz, cujo objetivo é ampliar o acesso de educadores à metodologia do Programa Albatroz na Escola (PAE) e aos materiais usados dentro de sala de aula para sensibilizar crianças e jovens de diversas idades sobre a biodiversidade e a conservação do oceano. Arraial do Cabo (RJ), Itanhaém (SP) e Guarujá (SP) foram as primeiras cidades a receber a iniciativa.

Pesquisa científica

Entre as principais ações de pesquisa científica, está a expansão do trabalho de monitoramento de portos em Cabo Frio (RJ), que culminou na realização de um cruzeiro em junho deste ano. Na saída a bordo do barco Maramores, o pesquisador Gabriel Canani Sampaio avistou aglomerações de aves com mais de 400 indivíduos - ressaltando mais uma vez a relevância da Região dos Lagos para a conservação de albatrozes e petréis na costa brasileira.

Além disso, também foram realizadas rodas de conversas com pescadores da localidade, para entender as artes de pesca utilizadas, sua dinâmica e os desafios do trabalho no mar. Nessas ocasiões, os técnicos do Projeto Albatroz também apresentaram aos pescadores a problemática da captura incidental e tiraram dúvidas sobre como fazer o manejo dos animais.

Políticas públicas

As políticas públicas nacionais e internacionais nas quais o Projeto Albatroz é engajado progridem com auxílio das pesquisas científicas. Para facilitar a expansão das pesquisas sobre o monitoramento em barcos pesqueiros para entender a dinâmica da pesca, a localização dos barcos e o uso de medidas mitigadoras em conformidade com a legislação atual, o Projeto Albatroz iniciou em meados de 2021 as ações na Região Nordeste.

Além disso, representantes do Brasil e do Projeto Albatroz participam das reuniões anuais da Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT), em especial na reuniões do Subcomitê de Ecossistemas, aportando informações sobre o desenvolvimento de medidas de mitigação e demais informações relativas a conservação de albatrozes e petréis no Brasil.

Articuladores do Plano de Conservação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (PLANACAP) e sua coordenação participam ativamente das discussões e avanços alcançados por este grupo de trabalho desde sua criação, com a adoção das medidas mais atuais na normativa nacional que trata do assunto (Instrução Normativa Interministerial-INI n° 7/2014). 

Além disso, o Projeto Albatroz realizou experimentos para testar e orientar a implementação de novas tecnologias para a mitigação da captura incidental na frota pesqueira, principalmente o Hookpod e o Hookpod-mini - dispositivos que prendem os anzóis em uma cápsula segura e só os liberam ao atingirem profundidades entre 10m e 20m, distância que dificulta os albatrozes e petréis de mergulhar e alcançar as iscas.

Planejamento estratégico da Rede Biomar para a Década do Oceano

Além disso, no final de 2021 o Projeto Albatroz participou do lançamento do Planejamento Estratégico Integrado para o período de 2021 a 2030. O plano vai nortear os seis integrantes da Rede – Projeto Albatroz, Projeto Baleia Jubarte, Projeto Coral Vivo, Projeto Golfinho Rotador, Projeto Meros do Brasil e Petrobras – para que cumpram uma missão coletiva e busquem uma visão de futuro comum para a obtenção de resultados efetivos na conservação da biodiversidade marinha no Brasil.

O planejamento foi baseado na elaboração de uma Teoria da Mudança da Rede Biomar, que tem como objetivo gerar transformações socioambientais positivas, notáveis e mensuráveis para a conservação da biodiversidade marinha e promoção de um oceano sustentável. A Teoria da Mudança prevê que serão necessárias uma série de transformações ecológicas, econômicas e culturais que levem a uma transição para o uso da biodiversidade marinha de forma mais sustentável e, consequentemente, resultem na melhoria no estado geral de conservação dos oceanos.

 


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