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O que fazer quando encontrar um animal marinho no litoral da Baixada Santista?

Tornou-se cada vez mais comum encontrar animais marinhos nas praias, mortos ou feridos.  Saiba quais são as melhores práticas para preservar sua integridade e quais instituições acionar para o resgate

Em 2018, mais de 2.4 mil animais marinhos foram resgatados nas praias do litoral de São Paulo por instituições ligadas ao Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), muitos deles criticamente debilitados ou já mortos. Ao se deparar com um animal ferido na beira do mar, surge a dúvida: como é possível ajudá-lo? Para responder essa pergunta e dar orientações sobre como proceder em casos como este, o Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, buscou respostas com o Instituto Biopesca, especializado no trabalho de resgate e reabilitação de animais no litoral de São Paulo.

Os motivos que podem levar um animal marinho a encalhar nas praias variam de acordo com cada espécie. As aves marinhas geralmente encalham devido ao alto gasto energético com os voos migratórios que ocorrem no inverno, quando partem das águas frias em busca das mais quentes. Ao encontrarem dificuldades para se alimentar, como em tempestades severas, acabam encalhando.

Assim como as aves costeiras, as aves marinhas também podem encalhar devido a problemas decorrentes de interação com ações humanas, como a ingestão ou enroscamento em pedaços de lixo plástico.

Os mamíferos marinhos podem encalhar ou morrer devido ao esgotamento da migração, como é o caso das baleias. Os lobos marinhos, por exemplo, param nas praias para descansar e, em seguida, voltam para o mar para continuar seu percurso.

Já a toninha, uma espécie de golfinho ameaçada de extinção, costuma encalhar já sem vida, depois de ter sido capturada incidentalmente em redes de pesca artesanais. Ao ficarem presas na rede e não conseguirem voltar à superfície para respirar, elas morrem afogadas. De acordo com biólogos do Instituto Biopesca, ligado ao PMP-BS, a mesma ameaça ocorre com as tartarugas marinhas que, além da captura incidental, apresentam também uma variedade de doenças entre os motivos de encalhe.

Como proceder?

O mais correto, de acordo o Instituto Biopesca, é manter distância, não mexer no animal e orientar os demais a fazer o mesmo. “Ao proceder dessa forma, a pessoa garante seu bem-estar e segurança, protegendo também o animal. Qualquer procedimento que não seja executado por um profissional pode prejudicá-lo, por melhor intenção que se tenha”, explica Maria Carolina Ramos, assistente de comunicação da instituição.

A melhor maneira de proteger o animal é evitar qualquer tipo de interação. Assim, o animal não fica ainda mais estressado, impedindo possíveis acidentes como: ataques ou mesmo a transmissão de alguma doença da qual ele seja portador.

Em seguida, a orientação é ligar imediatamente para o Instituto Biopesca nos números: 0800-642-3341 (horário comercial) ou 13 99601-2570 (ligação a cobrar/WhatsApp).

Sobre o PMP-BS

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) mantém, em parceria com instituições especializadas, bases de apoio, unidades de estabilização ou centros de reabilitação para o atendimento a animais marinhos que encalham nas praias. No litoral de São Paulo são quatro: Instituto Argonauta, Instituto Gremar, Instituto Biopesca e IPeC, que podem ser acionadas pelo telefone 0800-642-3341.

O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos.

Texto: Stephanie Lia

Revisão: Danielle Cameira


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