Jovem educa jovem: conheça a equipe pedagógica do Coletivo Jovem Albatroz
Curso sobre a Década do Oceano, que será concluído em setembro, foi pensado e organizado por oito integrantes de formações anteriores
O Coletivo Jovem Albatroz (CJA), iniciativa de formação de jovens para que se tornem lideranças na conservação marinha e costeira, criado pelo Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, adota uma série de princípios teóricos e metodológicos da educação ambiental crítica e dialógica em suas formações. Entre elas, três se destacam: “jovem educa jovem”, “jovem escolhe jovem” e “uma geração aprende com a outra”. O curso ‘Década do Oceano: a juventude na transformação da sociedade’, que será concluído em meados de setembro, contou com uma equipe pedagógica composta somente por jovens de antigas formações.
Desde que foi criado, em 2015, mais de 80 jovens já foram envolvidos nas ações e cursos do CJA, que abrangeram temas como: políticas públicas, educação ambiental, captação de recursos para projetos ambientais, educomunicação e produção audiovisual. Ao final de cada curso, grupos de jovens permaneciam no coletivo, contribuindo para as ações posteriores, culminando para que, na formação deste ano, fossem eles os responsáveis pela criação de um novo curso para abordar tema importante: a Década do Oceano, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de divulgar o oceano, estimular a ciência e a conservação global entre os anos de 2021 e 2030.
Pela primeira vez, eles organizaram, facilitaram e mediaram todas as etapas do curso, com um diferencial: esta foi a primeira edição totalmente remota, com a presença de 20 jovens de todas as regiões do Brasil.
Processos simultâneos
De acordo com Thaís Lopes, educadora ambiental responsável pelo Coletivo Jovem Albatroz e participante das primeiras turmas, o curso deste ano está sendo realizado de forma simultânea com a formação dos próprios jovens da equipe pedagógica, que se encontram semanalmente para aprender mais sobre os princípios teóricos da educação ambiental aplicados no curso.
“Desde abril deste ano nós nos reunimos, fizemos retrospectivas sobre os últimos seis anos do CJA, conversamos sobre as habilidades que cada um tem, como cada um poderia contribuir com uma nova formação, as atividades que poderíamos fazer e o que queríamos para um novo curso”, explica. Assim, surgiu a ideia de provocar reflexões sobre a Década do Oceano e a relação dos jovens com a Cultura Oceânica.
Ainda segundo Thaís, os jovens queriam aplicar a bagagem teórica que já tinham acumulado nas últimas formações para que o novo curso fosse mais prático. “Eles entenderam que depois que os jovens se envolverem com o tema e se engajarem na conservação, eles podem se sentir motivados a continuar no CJA para novas ações”.
Em cada novo encontro virtual, a equipe do CJA está presente para apoiar na organização das atividades, mediando as reuniões, orientando na criação de materiais, sugerindo novos olhares e contribuindo com suas vivências anteriores.
Jovens educadores
A equipe pedagógica do curso é formada por oito jovens, em que cada um é responsável por uma parte da realização da formação: desde a criação da plataforma online do Google Classroom, até o planejamento de conteúdo para os encontros semanais.
Arianne Fonseca é bióloga e integrante do CJA desde 2018, quando participou do curso de Educação Ambiental e Transição Educadora Ambientalista em Ambientes Costeiros e Marinhos. “Este curso foi muito importante porque vimos toda a questão conceitual da educação ambiental, o caminho que a gente usa para conduzir nossas atividades, que hoje utilizamos dentro desta formação atual do CJA”, afirma. “O planejamento pedagógico é interessante porque é um processo feito em conjunto, em que todos colocam um pouco das suas experiências anteriores, suas ideias e acabamos decidindo juntos, de forma coletiva”.
Porém, nem todos os membros da equipe pedagógica acumulam vários anos de atividades com o CJA. É o caso da Ana Carolina Moretto Ribeiro, de 24 anos, formada em Ciências do Mar, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ela entrou para o Coletivo Jovem Albatroz no ano passado, para participar do curso ‘Da distopia à utopia - a arte como linha de reflexão/ação’, realizado de forma virtual. “Era muito bom encontrar com todo pessoal mesmo que virtualmente porque a gente tinha uma super conversa e conseguia trabalhar um pouco essa angústia que temos em relação ao mundo. Trazer a arte para esse universo foi muito bom, porque saímos um pouco da nossa zona de conforto”, lembra.
“Na equipe pedagógica, eu me senti mais dentro ainda do CJA e é muito bom ver como a gente consegue compartilhar os conhecimentos, vivências e pensamentos que tivemos em cursos anteriores com outros jovens. Os jovens que estão chegando no CJA estão contribuindo bastante com a gente, estão chegando para somar”, finaliza.
Sobre o Coletivo Jovem Albatroz
Criado em 2015, o Coletivo Jovem Albatroz é um espaço de formação de jovens de 18 a 29 anos de todo o Brasil, para que possam se tornar lideranças na conservação marinha e costeira. Neste processo educador, os jovens são protagonistas, propondo e realizando projetos de intervenção para a transformação da realidade. Os integrantes do Coletivo realizam diversos cursos, oficinas e visitas técnicas; participam ativamente de reuniões de órgãos colegiados para criação de políticas públicas; e marcam presença em eventos ligados à Juventude e Meio Ambiente, apresentando suas experiências.
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