Especialistas se reúnem para discutir conservação e exploração dos oceanos
“É necessário que seja criado um canal de diálogo para que a sociedade civil e instituições acadêmicas, empresariais e governamentais compreendam as suas diferentes visões de desenvolvimento e de preservação”. A análise é de Tatiana Neves, coordenadora geral do Projeto Albatroz, organização patrocinada pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental.
A análise de Tatiana parte da experiência de sua participação, em setembro, em dois eventos que tiveram como eixo comum de discussão a conservação da biodiversidade marinha e o potencial impacto da exploração do pré-sal. “Ciente de que, no Brasil, grande parte das atuações do setor de petróleo e gás ocorre nesse ecossistema, devemos promover discussões sobre onde e como podemos atuar para que, nos anos futuros, tenhamos um cenário favorável”, avalia.
Um dos eventos que abordou essas questões foi o “I Ciclo de Debates sobre Políticas e Planos Estratégicos para os Recursos do Mar e Gestão Ambiental Costeira, com Estímulo a Novas Economias”, promovido no dia 11 de setembro na sede da Ordem dos Economistas do Brasil, em São Paulo, e organizado pelo Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo (CORECON – SP) em parceria com o Fórum do Mar. Esse último é formado por cidadãos para discutir assuntos relacionados à costa e ao mar brasileiros, principalmente no que se refere às políticas públicas do País que devem ser elaboradas para a área. Tatiana é uma das conselheiras da entidade.
Já o segundo, foi a Sessão Especial “Expectativas e Resultados da Rio+20”, com foco na “Proteção dos Oceanos – Uma Questão Relevante Pós Rio+20”, promovida dentro da programação da Rio Oil & Gas Expo and Conference no dia 19, no Rio de Janeiro (RJ). Os organizadores foram o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e a Petrobras. A Sessão foi mediada por Tatiana Neves e o objetivo foi abordar, por meio de uma visão positiva, os avanços alcançados, as ameaças e os desafios futuros para a preservação dos oceanos diante dos resultados da Rio+20. Foram abordados temas como a conservação da biodiversidade marinha e de áreas de alto-mar e ainda o fortalecimento social e capacitação, voltados ao uso sustentável dos oceanos e mares, entre outros.
Esses tópicos estão entre aqueles que compõem os vinte parágrafos do capítulo dedicados aos oceanos e mares em “O Futuro que Queremos”, documento final da Rio+20. Todas essas questões foram discutidas, durante a Sessão, por Roberto Cavalcanti, Secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente; por André Guimarães, Diretor Executivo da Conservação Internacional Brasil; e por Segen Estefen, Diretor de Tecnologia e Inovação da COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Um dos organizadores da Sessão Especial foi o geólogo Edson Ricardo Soares Pereira da Cunha, da Gerência de Orientações e Práticas de Responsabilidade Social da Petrobras, que destacou o reconhecimento, por parte dos palestrantes, do trabalho feito pelo Projeto Albatroz como uma ação relevante na estratégia de preservação da biodiversidade e do ambiente marinho.
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