Equipe de comunicação faz visita ao Projeto Tamar no Espírito Santo
Objetivo foi trocar experiências de comunicação com o projeto parceiro, conhecer sua produção têxtil, seu trabalho ligado à comunidade, além de explorar o centro de visitações e a loja da capital
A equipe de comunicação do Projeto Albatroz viajou recentemente ao Espírito Santo para conhecer o centro de visitação e a confecção do Projeto Tamar. Os dois projetos são parte da Rede Biomar, formada por projetos de conservação marinha patrocinados pela Petrobras, que propõe a troca de conhecimentos para que cresçam junto ao lado de iniciativas como o Projeto Coral Vivo, Baleia Jubarte e Golfinho Rotador. A cooperação das duas iniciativas é antiga e o objetivo da viagem foi reforçar os laços entre os projetos, trocar experiências, além de conhecer o trabalho do Tamar em Vitória (ES) e sua confecção têxtil, na cidade de Regência (ES).
A primeira parada de Jéssica Branco, coordenadora de Comunicação do Projeto Albatroz, e Tatianne Fonseca, assistente, foi o Centro de Visitação do Tamar, na capital do estado. Por lá, foram recebidas pela supervisora das confecções do da instituição, Tuta Burtet, e pela gestora do Centro de visitantes do projeto Tamar em Vitória, Denise Rieth.
Antes do início da visita monitorada, conheceram mais sobre a história do Projeto Tamar, que tem quase 40 anos de comprometimento com a conservação das tartarugas marinhas. Elas e os albatrozes compartilham duas ameaças à sobrevivência: o lixo marinho e a pesca de espinhel pelágico. Por isso, são parceiros de longa data na troca de informações sobre pesca e captura de animais, visando desenvolver medidas mitigadoras.
Dilma Pereira da Silva, uma das monitoras mais experientes do centro, conduziu a equipe do Projeto Albatroz para um passeio completo. Nele, puderam ver de perto como funcionam as instalações dos visitantes e os tanques de recuperação das tartarugas. Com o acompanhamento da equipe do Tamar, aprenderam mais sobre os hábitos de vida dos animais, o trabalho desenvolvido pelo projeto no monitoramento das desovas, reabilitação e soltura das tartarugas - um espetáculo da vida que sensibiliza o público sobre a conservação dos animais.
Em seguida, Jéssica e Tatianne visitaram a loja oficial do projeto e foram apresentadas à gerência. Com isso, puderam entender melhor como são organizadas as produções, os tipos de produtos vendidos e o funcionamento de uma grande loja. A troca de experiências de comunicação no centro de visitantes foi importante para que, futuramente, o Projeto Albatroz possa montar sua própria loja online, a Clube Alba, e um centro de visitação.
Confecção em Regência (ES)
Em funcionamento desde 1990, a confecção do Projeto Tamar em Regência (ES), foi a primeira fábrica instalada pela instituição com intuito de produzir itens que gerassem recursos para pesquisas sobre tartarugas marinhas e também promovessem capacitação, profissionalização e geração de emprego para a comunidade local. Bem-sucedida, inspirou e transferiu tecnologia para a criação, em 1995, da unidade de Pirambu, em Sergipe.
Recebidas por Gleusiane dos Santos e Hélio Luiz Alcântara, responsáveis pela fábrica, as representantes do Projeto Albatroz puderam conhecer mais sobre a história da confecção e seu envolvimento com a comunidade local. Hélio, nascido em Regência e criado entre as atividades do projeto, contou mais sobre o desenvolvimento tecnológico da fábrica - que começou pequena e hoje emprega cerca de 40 moradores da comunidade. A instalação da confecção foi importante para a sensibilização dos moradores, porque os pescadores da vila se alimentavam das tartarugas da região e com elas fabricavam artesanatos.
Aberta a confecção, as esposas dos pescadores foram contratadas e a fonte de renda fez com que a pesca das tartarugas fosse encerrada. Hoje, os moradores valorizam a conservação destes animais.
Do ponto de vista da comunicação, a equipe do Projeto Albatroz pode conhecer todos os processos de uma fábrica de camisetas e outros materiais têxteis, desde o corte dos produtos, tecidos utilizados e estamparia. O Projeto Albatroz está fabricando, em parceria com o Tamar, camisas e outros materiais promocionais que serão distribuídos ao público nas seis bases da instituição no país.
A confecção de Regência produz anualmente cerca de 135 mil peças, principalmente camisetas em malha de algodão.
Responsável pela produção de materiais institucionais e promocionais do Projeto Albatroz, Tatianne Fonseca, destacou o profissionalismo em toda a linha de produção do Tamar. “Todos os funcionários são muito capacitados e a fábrica é muito envolvida com a comunidade”, afirma. “Eles empregam cada vez mais tecnologia na fabricação dos produtos mas, em compensação, as máquinas não substituem a mão de obra local”.
Laços com a comunidade
Para fortalecer os laços do Projeto Tamar com a comunidade local, a confecção desenvolve um importante trabalho de geração de renda com grupos de mulheres da Associação dos Artesãos e Assemelhados de Regência.
As representantes da entidade conversaram com a equipe do Projeto Albatroz sobre as peças de artesanato desenvolvidas por elas. Com apoio do Tamar, que cede espaço e sobras de tecido e materiais das fábricas, as mulheres produzem peças inspiradas no ecossistema marinho. O valor da venda dos produtos artesanais é revertido em renda para as artesãs.
No encontro, a coordenadora de comunicação, Jéssica Branco, pôde dar uma rápida aula sobre a biologia dos albatrozes para que, futuramente, eles pudessem ser representados em artesanato. “Fiquei encantada com a criatividade e dedicação do grupo das artesãs. Gostaria de agradecer ao Projeto Tamar por ter aberto as portas para nós e ter nos recebido tão bem”, disse. “Essa troca de experiências vai contribuir muito para nossas futuras produções”.
"A parceria com outros projetos de conservação fortalece nossas ações, garantindo mais pessoas envolvidas, mais ganho nas comunidades e mais ações de conservação", disse a supervisora das confecções Tamar, Tuta Burtet.
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