Educadores de Itanhaém participam do ‘Albatroz na Escola’ a distância
Capacitação de professores tem o objetivo de levar para dentro da sala de aula atividades de sensibilização sobre a conservação marinha
Nos dias 10, 11 e 12 de julho, 89 professores da rede municipal de ensino de Itanhaém (SP), na Baixada Santista, se reuniram no Centro de Pesquisas e Educação Ambiental do Estuário do Rio Itanhaém para a aula presencial do Programa de Educação Ambiental Marinha ‘Albatroz na Escola’ a distância, realizado pela equipe de educação ambiental do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Nos encontros presenciais, os professores puderam conhecer a equipe de educadores do projeto, a história da instituição, a biologia de albatrozes e petréis, além da problemática de suas ameaças de extinção, como é o caso da interação com a pesca de espinhel e o lixo marinho, além da metodologia do curso e das atividades pedagógicas a serem realizadas pelos professores junto a suas turmas.
“Queremos que os alunos discutam a conservação ambiental com foco na realidade mais próximas deles e compreendam que tudo o que acontece na costa reflete em alto-mar”, explica a coordenadora de educação ambiental do projeto, Cynthia Ranieri.
Os educadores ambientais do projeto prepararam os conteúdos das aulas presenciais conforme a faixa etária dos alunos para oferecer orientações e conteúdos específicos sobre educação ambiental para cada série. Foram atendidos 30 professores da Educação Infantil, 31 professores dos 4º anos do Ensino Fundamental 1 e 28 professores de 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental 2.
No caso da Educação Infantil, os educadores do Projeto Albatroz deram exemplos de intervenções educativas que podem ser realizadas com os alunos focando em arte educação, como: musicalidade, produção de ninhos de albatroz com argila e um jogo chamado ‘Kablan’, em que as crianças trabalham com equilíbrio e o contato com a natureza.
“Nosso objetivo foi trazer a arte educação como ferramenta para aplicação dos projetos de intervenção com os pequenos”, afirma Thaís Lopes, responsável pelo Coletivo Jovem Albatroz.
Formação a distância
O curso terá duração total de 40 horas, sendo quatro presenciais e 36 a distância. Em um ambiente virtual de aprendizagem localizado na ‘Área do Educador’, dentro do site do projeto, os professores encontram os conteúdos que devem ser desenvolvidos em sala de aula e também fora dela junto a suas turmas. As atividades estão divididas em quatro etapas: mostra de vídeos e bate-papo, atividade prática utilizando a Cartilha do Professor do Programa Albatroz na Escola, o projeto intervenção e a avaliação. Após o cumprimento das atividades os participantes recebem um certificado em um momento de fechamento e confraternização.
Sobre o ‘Albatroz na Escola EAD’
Lançado no ano passado, o Programa Albatroz na Escola EAD foi criado para atender à demanda crescente de educadores de diversas regiões do país por conteúdos, metodologias e práticas de educação ambiental no ambiente marinho e costeiro, mesmo estando distantes das bases do Projeto Albatroz.
Após seu lançamento, a primeira experiência digital aconteceu com mais de 20 educadores da rede municipal de Cabo Frio (RJ), que levaram as atividades sobre a biologia dos albatrozes e a necessidade de se conservar o ecossistema marinho para dentro de sala de aula, propondo atividades pedagógicas com os alunos. Os trabalhos desenvolvidos em classe foram apresentados no encontro final com os educadores ambientais do projeto. Após a versão piloto, o programa foi aprimorado, para levar mais informações e uma melhor estrutura EAD para os professores participantes.
Para a responsável pelo Programa Albatroz na Escola, Beatriz Sant’Ana, a realização do curso é importante e necessária, porque dá a possibilidade de ampliar o desenvolvimento do Programa Albatroz na Escola (PAE) em outras cidades e também fornece novas estratégias e ferramentas pedagógicas para capilarizar a informação sobre a conservação dos albatrozes e petréis, além de levantar reflexões sobre as problemáticas socioambientais que emergem na sociedade. “A ideia da formação é também estimular um processo participativo e crítico, tendo como resultado a transformação de pensamento individual e coletivo dos participantes, sejam eles educadores ou educandos’’, conclui.
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