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Coordenadora do Projeto Albatroz participa da Conferência Ethos 360º em painel sobre mulheres na ciência

Foto Notícias_ethos

Palestra discutiu formas de ampliar o acesso de jovens mulheres às carreiras STEM

Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Esta é a tradução do acrônimo STEM, comumente utilizado para se referir a um nicho profissional voltado às exatas e com forte presença masculina. Painel realizado na Conferência Ethos 360º em São Paulo, no início de setembro, convidou a coordenadora geral do Projeto Albatroz, Tatiana Neves, para discutir o assunto com outras mulheres atuantes no setor.

Intitulada ‘Carreiras STEM: como ampliar as oportunidades para as mulheres e meninas?’, a conversa contou com a participação da Chief Information Officer (CIO) da empresa especializada em softwares TOTVS, Mara Maehara, e a mediação da diretora adjunta do Instituto Ethos, Ana Lúcia de Melo Custódio.

Para falar sobre o assunto, a coordenadora geral e também fundadora do Projeto Albatroz, Tatiana Neves, contou sobre a história da instituição, que está fortemente entrelaçada com sua trajetória pessoal como bióloga. “Procurei destacar que a criação do projeto, há quase 30 anos, se deu dentro dos terminais pesqueiros, um ambiente preponderantemente masculino”, aponta.

Nesse local ficavam profissionais essenciais para o trabalho científico e de conservação ambiental iniciado por ela em Santos (SP): os pescadores. Eram eles que permitiam que os biólogos subissem a bordo para estudar a ocorrência das aves no litoral e que eram aliados importantes para a diminuição da captura incidental dos animais.

“Naquela época, mulheres nem eram permitidas dentro dos terminais, então precisei conquistar aos poucos a confiança dos administradores do terminal e dos pescadores para conseguir fazer o meu trabalho”, relembra Tatiana.

 

Diferentes cenários

Um aspecto relevante observado pelo público durante o painel foi a divergência de mulheres presentes nas empresas de tecnologia e nas organizações científicas do terceiro setor, como é o caso do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras.

Mara Maehara, da TOTVS, por exemplo, mencionou que a proporção de homens trabalhando na área de Tecnologia da Informação (TI) da empresa, na qual ela é gerente, é bastante superior à de mulheres. Por isso, a empresa constantemente traça estratégias para atrair novas profissionais para o setor.

Já no terceiro setor, o cenário é bem diferente. No quadro de funcionários do Projeto Albatroz em suas seis bases pelo país, 75% são mulheres, o que parece uma tendência entre as ONGs e organizações ambientais.

 

Sobre a Conferência Ethos 360º

Realizado nos dias 3 e 4 de setembro, no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, a 21ª edição do evento contou com a participação de especialistas, empresas e acadêmicos para analisar e discutir os grandes desafios locais e globais do século XXI relacionados ao desenvolvimento sustentável. Igualdade de oportunidades, inclusão, respeito aos saberes tradicionais, integração de tecnologias, geração de empregos, amadurecimento do sistema de integridade e transparência, mitigação de riscos ambientais e fortalecimento da democracia também foram debatidos na conferência.


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