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Conservação de albatrozes e petréis é tema de encontro na Turquia

 

            A partir de amanhã, sexta-feira (11), a conservação de albatrozes e petréis será um dos temas do 22º Encontro da Comissão Internacional para a Conservação do Atum no Atlântico (International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas/ICCAT), organização responsável pela gestão dos recursos pesqueiros compartilhados entre países, a exemplo dos atuns e espadartes (meca). O evento será realizado em Istambul, na Turquia, e reunirá especialistas do mundo todo – entre eles, do Projeto Albatroz – com o objetivo de avaliar o andamento, durante 2011, das recomendações e das resoluções relacionadas ao manejo dos recursos pesqueiros.

            “Estar de acordo com as normas e diretrizes internacionais significa uma possível maior abertura do mercado externo para o setor pesqueiro brasileiro, já que os peixes passam a ser capturados por uma pesca responsável”, comenta Tatiana Neves, coordenadora geral do Projeto Albatroz e que estará presente no encontro do ICCAT. O Projeto Albatroz é patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental.

             Uma das recomendações internacionais cuja discussão entrará na pauta é a de nº 07/07, que propõe a redução, por meio de medidas mitigadoras, da captura incidental de aves marinhas pela pesca de espinhel pelágico, uma técnica industrial utilizada em alto mar. Desde 1980, cientistas têm relacionado os declínios globais das populações de albatrozes e outras aves marinhas à captura não-intencional desses animais pelos barcos espinheleiros. Aves adultas e jovens ficam presas nos anzóis ao tentarem comer as iscas e morrem afogadas.

             As medidas propostas pela resolução e que ajudam a reduzir a captura das aves são o toriline e o uso do peso que afunda as linhas de pesca mais próximo do anzol. O toriline é um equipamento formado, entre outros elementos, por bandeiras coloridas que espantam as aves; já o uso do peso mais próximo do anzol aumenta a velocidade de submersão do equipamento de pesca, deixando menos tempo disponível para as aves tentarem comer as iscas.

                 A discussão na Turquia abrangerá o aperfeiçoamento da recomendação 07/07 e também a sua adoção pelos barcos de pesca que operam no Mar Mediterrâneo e no Oceano Atlântico. Em águas sob jurisdição do Brasil, essa recomendação já tomou forma força de lei pelo menos para os barcos espinheleiros que operam ao sul de 20º de latitude.  Trata-se da Instrução Normativa Interministerial (INI) 04/2011, dos Ministérios do Meio Ambiente e da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente, obrigando o uso do toriline e do peso que afunda as linhas de pesca a dois metros do anzol (o usual é a distância de 5,5 metros). Pesquisas do Projeto Albatroz subsidiaram a elaboração da INI.

            Mortandarte. Uma pesquisa  revela que mais de 300 mil aves marinhas, entre elas albatrozes, vêm sendo mortas anualmente pela pesca com espinhel.  O estudo é da Royal Society for the Protection of Birds (RSPB) e do programa BirdLife International . As taxas de mortalidade das aves marinhas estão relacionadas ao crescimento das frotas de barcos pesqueiros. Algumas delas são particularmente problemáticas, a exemplo da frota espanhola de pesca que opera na costa da Irlanda. Essas pescarias são responsáveis pela morte de 50 mil albatrozes anualmente, de acordo com o estudo. Já A frota japonesa foi apontada pelo estudo como sendo a segunda mais impactante, capturando 20 mil albatrozes.

 


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