Conservação de albatrozes e petréis é discutida no 8º Encontro do ACAP
O Projeto Albatroz participou das reuniões do 8º Encontro do Comitê Consultivo (AC8) do Acordo para Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP), que aconteceu entre os dias 8 e 19 de setembro em Punta del Este, no Uruguai. O Comitê Consultivo possui três Grupos de Trabalho: de Populações e Status de Conservação (PaCSWG), de Captura Incidental (SBWG) e de Taxonomia. O Projeto Albatroz tem representantes nos dois primeiros, que se reuniram no AC8.
O encontro do Comitê Consultivo acontece anualmente e, além de reunir os especialistas no assunto em Grupos de Trabalho, define eventuais alterações nas medidas de conservação destas aves oceânicas. Do dia 15 ao dia 19 de setembro, os resultados das reuniões dos grupos foram levados ao comitê para avaliação e aprovação.
Do Albatroz para o mundo
O Grupo de Trabalho de Populações e Status de Conservação discute assuntos como monitoramento populacional e demográfico, tendências, locais de reprodução e ações de conservação e contou a presença da Coordenadora de Medicina de Conservação do Projeto Albatroz, Juliana Saviolli, e do Coordenador da Base Regional do Rio Grande do Sul, Augusto Costa. Nos dias 8 e 9 de setembro, os principais temas abordados foram o desenvolvimento de pesquisas e dados de saúde das populações, espécies prioritárias para conservação e a identificação de gargalos em dados populacionais e de distribuição.
As ações de pesquisa do programa de Medicina da Conservação do Projeto Albatroz relacionadas à saúde de populações, como a colheita de amostras de animais que são capturados incidentalmente pela pesca e desenvolvimento de pesquisas com esse material, além da avaliação sanitária, estavam de acordo com o proposto pelo PaCSWG e a adoção das medidas foi sugerida aos países do Atlântico e do Pacífico que trabalham com conservação de albatrozes e petréis.
Discutir para conservar
Já no Grupo de Trabalho de Captura Incidental, que discute os problemas causados pela interação dos albatrozes e petréis com a pesca, foram tratadas as medidas mitigadoras para diminuir os efeitos negativos desta relação. É o SBWG que define o Manual de Boas práticas que orienta os 13 países que são membros do ACAP.
Com a vice-coordenação de Tatiana Neves, Coordenadora Geral do Projeto Albatroz, o grupo se reuniu entre os dias 10 e 12 de setembro e debateu o monitoramento eletrônico de embarcações, variações em taxas demográficas de albatrozes relacionadas com a pesca e o clima e novas medidas de mitigação de captura incidental. Além de Tatiana, quatro integrantes do Projeto Albatroz participam do Grupo de Trabalho de Captura Incidental: Augusto Costa, o Coordenador Técnico Fabiano Peppes e os responsáveis pela Base Regional de Santa Catarina, Rodrigo Sant’Ana e André Santoro.
Durante a reunião do SBWG, especialistas analisaram os resultados de pesquisas apresentados pelos participantes sobre as três principais medidas mitigadoras da captura incidental de albatrozes e petréis pela pesca e sugeriram alterações na distância entre o peso colocado na linha de pesca de espinhel pelágico e o anzol. No entanto, o grupo concordou que são necessários mais estudos para definir tal mudança, que será reavaliada na próxima reunião.
Os documentos e informativos do encontro estão disponíveis no site do ACAP.
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