Coletivo Jovem Albatroz fomenta novos projetos socioambientais
Iniciada oficialmente no último mês de março, a terceira turma do Coletivo Jovem Albatroz (CJA) - iniciativa de protagonismo juvenil e Educação Ambiental do Projeto Albatroz -, une jovens das mais diversas profissões, com vivências e repertórios culturais diferenciados, mas com um objetivo em comum: se tornarem agentes de mudança nas comunidades onde vivem. Entre eles, dois amigos já colocaram em prática sua própria iniciativa: o Projeto GerminAção.
O projeto começou em 2015, quando Filipe Ramos, estudante de Biologia da Universidade Católica de Santos (UniSantos), começou a fazer trabalho voluntário no Programa de Educação Ambiental Albatroz na Escola e, aos poucos, a participar dos encontros do primeiro grupo do Coletivo Jovem Albatroz, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Na época, ele e Lucca Gallardo Scarimbolo, seu colega de faculdade, já pensavam em criar um projeto próprio, capaz de mudar a realidade urbana através da permacultura e agroflorestas - movimentos que eles acreditam ser o caminho para uma transformação social positiva e harmoniosa com a natureza.
Participar da primeira turma do Coletivo Jovem Albatroz, para Ramos, foi importante porque trouxe uma visão e uma boa experiência sobre como organizar os objetivos para que eles começassem a fazer sentido e se materializassem, de fato, em um projeto socioambiental.
“Dentro do CJA, observando como era a estrutura do Projeto Albatroz, como aconteciam as ações, como os eventos eram organizados, vendo o pessoal da minha idade botando a mão na massa e desenvolvendo o mapa falado, fui entendendo como as coisas funcionavam e se encaixavam, percebendo que era possível começar a organizar atividades e eventos, e agregar isso a um ‘projeto’ ou ‘coletivo’ próprio”, afirma. “Até então eu imaginava que organizar esse tipo de atividade era coisa de outro mundo, que só instituições e pessoas mais experientes do que eu conseguiam fazer”.
Embora o GerminAção só tenha começado efetivamente no ano passado, após a formatura dos dois amigos em Biologia, o projeto continua em constante aprimoramento, conforme as trocas de experiências que o Coletivo proporciona.
Somando para germinar
Segundo Scarimbolo, também integrante do Projeto GerminAção, junto de outras duas profissionais, a iniciativa começou a ganhar ainda mais força após sua entrada na nova turma do CJA, este ano. A vivência com jovens estudantes de outras áreas, bem como a metodologia de aprendizado utilizada no curso, ampliaram sua visão de mundo.
“Agora nós estamos levando isso para dentro do nosso projeto também, fazendo a interação e a construção coletiva de uma ideia, desenvolvendo grupos de trabalho, fazendo o planejamento das ações. O ‘Método Oca’, que o pessoal está apresentando para a gente faz toda a diferença”, diz. “Essa relação e o contato com outros jovens incríveis, que também querem promover mudanças, é legal. Eles contribuem em ideias muito criativas que ajudam a nos estimular”.
Atualmente, o GerminAção promove oficinas sobre hortas urbanas, compostagem doméstica e construção de decorações em bambu, fazendo com que mesmo nos meios urbanos, os participantes façam algo diferente e saiam de sua zona de conforto. “A convite de ONGs, universidades e outros projetos, nós oferecemos novas perspectivas e qualidade de vida às pessoas”, finaliza.
Mas o trabalho não para por aí. Com o conhecimento que tem sido adquirido a cada nova reunião do CJA, a ideia de Scarimbolo e Ramos é, futuramente, ampliar ainda mais o cardápio de oficinas oferecidas pelo projeto.
Ferramentas educacionais
Para o responsável pelo Coletivo Jovem Albatroz e também integrante da primeira turma da iniciativa, Rafael Monteiro, é satisfatório acompanhar o crescimento de novos projetos socioambientais a partir do CJA.
“Ver diferentes iniciativas nascendo a partir dos processos vividos dentro do Coletivo é incrível. Isso indica o cumprimento de um dos nossos objetivos: formar jovens que tenham autonomia e que sejam protagonistas em seus territórios, elaborando e implementando projetos socioambientais”, diz.
Coletivo Jovem Albatroz
Atualmente, o grupo de protagonismo juvenil do Projeto Albatroz está em sua terceira turma, que envolve 21 novos jovens de toda a Baixada Santista em encontros que visam a formação de um pensamento crítico sobre as ações de conservação do meio ambiente, por meio dos princípios da da Educação Ambiental Dialógica e Crítica e a criação de projetos de intervenção na realidade capazes de criar mudanças nas comunidades onde vivem.
Formado a partir de um processo seletivo realizado nos primeiros meses deste ano, o curso seguirá até o fim do primeiro semestre, com saídas à campo, encontros com outras lideranças juvenis ambientais, participações em fóruns e reuniões sobre políticas públicas. Os encontros acontecem às terças e quintas-feiras, no Laboratório Dínamo, na Unimonte, em Santos (SP).
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