Sobre o
Projeto Albatroz

Ações de educação ambiental aconteceram na UME Professora Maria Carmelita Proost Villaça

A primeira infância é um momento especial de aprendizado de conceitos que moldam a visão de mundo e a formação das crianças. Ao se sensibilizarem e aprenderem sobre um novo tema, têm a capacidade de atuar como amplificadores deste conhecimento, compartilhando informações com seus amigos e família. Por esse motivo, as crianças foram o foco das ações do Dia Mundial do Albatroz deste ano, comemorado em 19 de junho. Em Santos (SP), a equipe de educação ambiental do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, realizou uma série de atividades com alunos da UME Professora Maria Carmelita Proost Villaça.

Com o tema “Poluição por Plástico”, a campanha anual chamou atenção para o efeito da ingestão deste tipo de material pelas aves marinhas. Estudos estimam que até 90% de todas as aves marinhas vão ingerir plástico em algum momento de sua vida e além dos efeitos que os plásticos podem causar ao levar à obstrução ou perfuração do trato gastrointestinal, esses materiais também podem liberar uma infinidade de produtos químicos que podem ser absorvidos pelo trato digestivo, podendo causar intoxicação e morte.

Para sensibilizar e compartilhar essa temática tão complexa com as crianças, a equipe de educação ambiental realizou duas atividades práticas: a montagem de quebra-cabeças 3D do albatroz e uma oficina para a produção de ninhos. Cada dinâmica era precedida por uma conversa com os alunos, que abordava a biologia dos albatrozes, sua importância para o equilíbrio do oceano, as ameaças a que estão sujeitos em alto mar e também algumas atitudes que todos podem tomar para protegê-los. 

A montagem de quebra cabeças em MDF é feita de forma independente pelas crianças com orientação dos educadores do Projeto Albatroz. A atividade aborda aspectos da biologia e ecologia dessas espécies de aves oceânicas, exemplificando sobre as partes do corpo das aves, como nadadeiras, bicos e asas. A atividade também estimula o desenvolvimento de habilidades motoras e do pensamento lógico, além de que, quando alinhadas a outras atividades lúdicas, a montagem pode ainda trabalhar a criatividade e a capacidade de resolução de problemas.

Já a oficina de ninhos de albatroz estimula a criatividade das crianças, por meio da construção de ninhos de argila com filhotes feitos de algodão que irão compor um ninhal junto aos outros colegas. Ao interagirem com os ninhos, as crianças aprendem sobre as espécies de albatrozes, suas características, os aspectos reprodutivos e as relações ecológicas que ocorrem nos ninhais, além de desenvolver habilidades motoras finas e aprender sobre a importância da conservação marinha.

De acordo com o educador ambiental responsável pelo Programa Albatroz na Escola, Yago Ferreira, a decisão de optar por ações focadas na primeira infância se deu pela capacidade das crianças de ampliar seus conhecimentos. “Quando falamos sobre educação ambiental, estamos falando de uma consciência oceânica, de pertencimento, para que cada pessoa entenda como está conectada com o oceano e, a partir disso, gerar uma sensibilidade para que as crianças e o público em geral seja capaz de entender seu papel e a sua responsabilidade sobre o oceano”. 

A organização e condução da atividade teve o apoio do Instituto Arte no Dique. Rodrigo Passos, educador da instituição, ressaltou que é importante falar sobre a questão do lixo plástico com as crianças porque é um tema que está próximo de sua realidade. “Esse tipo de conhecimento agrega ainda mais valor durante a Década do Oceano”, afirmou. “Nós trabalhamos com uma nova geração que precisa aprender a defender o meio ambiente com muita maestria para garantir um futuro sustentável para todos”.