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ACAP discute conservação de aves oceânicas

Albatroz-de-sobrancelha-negra (Thalassarche melanophris) planando

 

Hoje, sexta-feira (3), termina a 5ª Reunião do Grupo de Trabalho de Capturas Incidentais do Acordo Internacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP, na sigla em inglês). O encontro é realizado em La Rochelle, na França, desde a última quarta-feira e tem a participação de Tatiana Neves, coordenadora geral do Projeto Albatroz e membro do Grupo de Trabalho.

Durante o evento, foram apresentados resultados de pesquisas realizadas pela organização com o objetivo de reduzir a captura não intencional de albatrozes e petréis por barcos de espinhel pelágico, técnica industrial usada em alto-mar para pescar atuns, espadartes e tubarões (vendidos comercialmente como meca e cação). Um dos estudos se refere à colocação do peso que afunda o equipamento de pesca a dois ou cinco metros e meio do anzol, indicando que o uso de qualquer uma dessas distâncias não interfere na captura dos peixes. Por outro lado, outros levantamentos da organização apontam que a posição do peso a dois metros do anzol afunda o equipamento mais rápido, reduzindo o tempo de disponibilidade das iscas para as aves. Ao tentar comê-las, as aves ficam presas nos anzóis e morrem afogadas.

Uma das recomendações apresentada durante o encontro é que mais pesquisas sejam realizadas com outras frotas de espinhel pelágico, de forma que esse tema possa ser compreendido em nível mundial. No Brasil, a Instrução Normativa 04, de 2011, já estabelece o uso do peso a dois metros do anzol pelos barcos que operam em águas sob jurisdição do País.

Em reconhecimento aos problemas da interação das aves marinhas com a pesca, o Grupo de Trabalho de Capturas Incidentais foi criado para assessorar o Acordo nas ações de avaliação, mitigação e redução da interação entre as operações de pesca e os albatrozes e petréis.

Encontro – A 5ª Reunião do Grupo de Trabalho antecede a realização do 7º Encontro do Comitê Consultivo do ACAP, que começa na próxima segunda e termina dia 10 de maio, com a presença de representantes dos Ministérios do Meio Ambiente e Relações Exteriores. Esse encontro é realizado periodicamente pelos 13 países membros do Acordo, de forma a discutir e avaliar as ações de conservação em andamento.  O Brasil é membro desde 2008.

Entre os objetivos do ACAP, está atingir e manter um estado favorável para a conservação dos albatrozes e petréis. As metas e ações previstas no Acordo coincidem com as do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (PLANACAP), de forma a ampliar a abrangência das ações nacionais e otimizar recursos e esforços no cumprimento dos compromissos internacionais para a conservação de albatrozes e petréis no Brasil.

O Projeto Albatroz é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.

 


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