6ª edição do Boletim Técnico Científico apresenta novas pesquisas do Projeto Albatroz
Publicação digital traz novidades sobre os testes com hookpods mini, captura incidental no sul e sudeste do Brasil e muito mais
Publicação anual desenvolvida pela equipe técnica do Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, o Boletim Técnico Científico é uma ferramenta importante para a divulgação científica e de todo o trabalho de conservação da instituição, que completou este ano três décadas de trabalho em prol das aves. A sexta edição do boletim acaba de ser lançada e está disponível para consulta on-line neste link.
A publicação faz uma atualização do trabalho desenvolvido pelos cientistas do Projeto e parceiros no último ano, bem como os resultados de suas mais recentes ações de pesquisa, com linguagem acessível para todos os públicos. Ele é dividido em quatro capítulos que trazem novidades sobre as tecnologias e práticas em prol da conservação de albatrozes e petréis no país.
O primeiro deles inclui dados coletados nos três principais portos de atuação do Projeto Albatroz e apresenta taxas de captura incidental de aves marinhas em espinhéis demersais, também chamados de espinhéis de fundo. Essa pesquisa é relevante, pois essa pescaria é apontada como umas das principais fontes de mortalidade de albatrozes e petréis no mundo, depois da captura por espinhel pelágico.
“Os resultados apresentados neste capítulo representam um importante avanço para a compreensão do atual impacto das pescarias de espinhel do sudeste e sul do Brasil sobre a população de albatrozes e petréis, que integram um dos grupos de aves mais ameaçados do planeta”, sinaliza a fundadora e coordenadora geral do Projeto Albatroz, Tatiana Neves.
Já o segundo capítulo do boletim trata dos avanços nos testes com o HookPod, um equipamento que protege a ponta do anzol iscado, que depois de ser lançado pelo pescador, abre-se a profundidades fora do alcance das aves, liberando o anzol para a pesca. Alguns protótipos já foram testados no Brasil e esta última versão, chamada de HookPod-mini, é mais barata e eficiente, uma vez que é desenhada para abrir na profundidade de 20 metros - o dobro da profundidade do protótipo anterior.
Vale ressaltar que o hookpod é um equipamento eficiente e promissor, recentemente recomendado pelo guia de boas práticas para a redução da captura de aves marinhas em pescarias de espinhel do Acordo Internacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP).
O Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP) é o foco do terceiro capítulo. Coordenado pelo CEMAVE/ICMBio, Projeto Albatroz e com base na R3 Animal, em Florianópolis (SC), ele foi criado para fomentar pesquisas sobre albatrozes e petréis no Brasil e no mundo. No boletim, os técnicos do Projeto Albatroz apresentam suas informações mais recentes, incluindo as instituições colaboradoras e as características das mais de 5 mil amostras tombadas até o momento.
Para fechar o documento com chave de ouro, o último capítulo traz um trabalho de grande importância feito na cidade de Cabo Frio (RJ). Trata-se de uma caracterização abrangente e objetiva das diversas artes de pesca que ocorrem na região. O trabalho foi liderado pelo Prof. Eduardo Pimenta, que além de ser colaborador do Projeto Albatroz no Rio de Janeiro, é também professor da Universidade Veiga de Almeida (UVA) e conhecedor das pescarias na Região do Lagos no norte do Rio.
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