4ª Edição do Boletim Técnico Científico traz evolução dos trabalhos de pesquisa do Projeto Albatroz
Publicação anual desenvolvida pela equipe técnica do Projeto Albatroz e parceiros, patrocinado pela Petrobras, o Boletim Técnico Científico é uma ferramenta importante para a divulgação científica. A quarta edição do boletim foi lançada recentemente e está disponível para consulta on-line neste link.
A publicação faz uma atualização do trabalho desenvolvido pelos cientistas do projeto e parceiros no último ano, bem como os resultados de suas ações de pesquisa. Ele é dividido em quatro capítulos que trazem novidades sobre as tecnologias e práticas em prol da conservação de albatrozes e petréis.
O primeiro deles, de autoria de Thomas Abbud e Rodrigo Sant’Ana, pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), e do coordenador científico do Projeto, PhD Dimas Gianuca, faz a análise de risco ambiental do albatroz-viageiro (Diomedea exulans) em contato com a pesca de espinhel de superfície, comum nas regiões Sul e Sudeste. As análises de risco estimam, através de modelagens matemáticas, o impacto que esta frota pesqueira causa na sobrevivência da espécie.
Já o segundo capítulo traz informações sobre a evolução dos estudos do hookpod, realizados entre os anos de 2011 e 2017, em águas brasileiras. O Projeto Albatroz é a única instituição autorizada no país a realizar testes com o dispositivo que, entre muitos trunfos, tem o potencial de zerar a captura incidental de aves e tartarugas marinhas durante a pesca. Para a coordenadora geral do Projeto, Tatiana Neves, o capítulo é relevante para mostrar o desempenho do equipamento que, atualmente, já conta com diversos aprimoramentos. Além dela, também assinam o estudo o PhD Dimas Gianuca, os técnicos e observadores de bordo Augusto Costa e Gabriel Canani Sampaio, e o colaborador Rodrigo Sant’Ana.
Com o objetivo de apresentar o Banco de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP), o terceiro capítulo foi escrito à oito mãos. A consultora técnica da base de Florianópolis da instituição, Alice Pereira, a colaboradora e integrante do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Aves Silvestres (Cemave), Patrícia Serafini, a presidente da Associação R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas, e Tatiana Neves, uniram esforços para explicar a dinâmica de trabalho do BAAP e como ele servirá de apoio para pesquisadores nacionais e internacionais.
O último capítulo, de autoria da coordenadora geral do Projeto Albatroz e seu coordenador científico, apresenta o Guia de Boas Práticas de Medidas Mitigadoras do Acordo Para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP). A cada cinco anos, as medidas para a mitigação da captura de aves em diversas pescarias são discutidas e reavaliadas por seus signatários a fim de atualizá-las ao panorama da pesca.
Conhecimento científico acessível
Um dos pontos fortes da publicação, segundo Tatiana Neves, é ter linguagem simplificada, o que pode torná-la útil e interessante para os mais diversos públicos, desde estudantes, pesquisadores, tomadores de decisão até curiosos.
“Temos o cuidado de fazer duas coisas: mostrar o embasamento técnico em que mostramos como aquela estatística foi feita e, ao mesmo tempo, escrever um texto bem acessível para que todos possam compreender”, explica. “Quanto mais conseguirmos conciliar essas duas linguagens, melhor o documento fica para todos nós”.
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