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No Dia do Meio Ambiente, saiba como a Rede Biomar conserva importantes espécies marinhas no litoral brasileiro

Esp?cies Biomar

Entre aves, mamíferos, répteis, peixes e corais, os projetos patrocinados pela Petrobras protegem mais de 60 espécies ameaçadas de extinção

O Brasil é o país mais rico do mundo em biodiversidade. Com dimensões continentais e biomas como o Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia, o Catálogo Taxonômico da Fauna do Brasil (CTFB) aponta que o país abriga 116 mil espécies, o que representa 9% da fauna mundial. Grande parte delas está presente no oceano, que banha o litoral e está em constante ameaça pela poluição e as ações humanas. A Rede Biomar foi criada em 2006 e conta com seis projetos patrocinados pela Petrobras que trabalham com pesquisas científicas, políticas públicas e ações em educação ambiental para conservar mais de 60 espécies marinhas ameaçadas de extinção no Brasil.

A Rede Biomar é formada por seis projetos que atuam em águas brasileiras: Projeto Albatroz, Projeto Baleia Jubarte, Projeto Coral Vivo, Projeto Golfinho Rotador, Projeto Meros do Brasil e Fundação Projeto Tamar. Em mais de uma década de atuação, essas instituições já envolveram mais de nove milhões de pessoas em ações de sensibilização e educação ambiental, produziram mais de 720 publicações técnicas e científicas, apoiaram a elaboração e execução de seis Planos de Ação Nacionais de conservação e participaram de mais de 2.230 fóruns nacionais e internacionais para proteção das espécies ameaçadas. 

Atualmente, a Rede Biomar é uma referência em ações de conservação no Brasil, e nasceu do empenho em otimizar os esforços institucionais de forma a obter excelência em projetos de biodiversidade marinha, protegendo, além das mais de 60 espécies, o meio ambiente onde vivem.

Confira abaixo como cada um dos projetos contribui para a conservação da biodiversidade brasileira:

Projeto Albatroz: criado em 1990 na cidade de Santos (SP), protege sete espécies de albatrozes e cinco espécies de petréis, aves pelágicas ameaçadas pela poluição marinha e também pela interação com os barcos de pesca industrial. Elas se alimentam de pequenos peixes e moluscos usados como isca na pesca de atuns e outros peixes de grande porte e, ao serem fisgadas acidentalmente, pelos anzóis utilizados nesta pescaria, acabam morrendo afogadas. A instituição tem bases em seis estados e trabalha em parceria com pescadores para reduzir a captura incidental destes animais através do amplo uso de medidas mitigadoras como: toriline, largada noturna e regime de peso. Nos últimos 30 anos, o Projeto Albatroz firmou importantes parcerias com instituições de conservação nacionais e internacionais e conseguiu reduzir pela metade as estimativas de aves capturadas pela pesca no Brasil.

Projeto Baleia Jubarte: criado em 1988 para proteger a baleia jubarte na região do Banco dos Abrolhos, principal berçário da espécie em todo o Atlântico Sul Ocidental, hoje o Projeto Baleia Jubarte possui atuação sistemática na Bahia e Espírito Santo e pontual em outros pontos da costa, através de expedições e campanhas específicas. O conhecimento obtido nas pesquisas é utilizado para contribuir para as políticas públicas nacionais e internacionais de conservação das baleias e dos oceanos onde elas vivem. Em mais de 30 anos de trajetória, o Projeto Baleia Jubarte realiza monitoramento constante das baleias em águas brasileiras e sua principal conquista foi o registro crescente do aumento populacional dessa espécie, que em 2014 foi retirada da Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. 

Projeto Coral Vivo: criado em 2003 por professores do Museu Nacional/ UFRJ, seu foco é a conservação e o uso sustentável dos recifes de coral, que abrigam a maior biodiversidade dos mares. Atua em educação, políticas públicas e sensibilização da sociedade. Possui Rede de Pesquisas, com 14 instituições envolvidas e Base de Pesquisas e visitação em Porto Seguro (BA). Realiza a coordenação e a execução do Plano Nacional para a Conservação dos Ambientes Coralíneos, com o ICMBio, que engloba 18 áreas de norte a sul do Brasil e 52 espécies ameaçadas de extinção (peixes e invertebrados). 

Projeto Golfinho Rotador: desenvolve ações de pesquisa, educação ambiental, envolvimento comunitário e sustentabilidade com moradores e visitantes de Fernando de Noronha. Atua também em ações de pesquisa e educação ambiental com parceiros na costa de Pernambuco e Rio Grande do Norte. As pesquisas desenvolvidas priorizam entender o comportamento e a distribuição dos golfinhos-rotadores e como minimizar o impacto das atividades humanas sobre eles. As atividades de Educação Ambiental da instituição sensibilizam ilhéus ao longo de toda sua vida, concentradas principalmente nas ações com a primeira infância.

Projeto Meros do Brasil: os meros são a maior espécie de garoupa do Oceano Atlântico, criticamente ameaçada de extinção e a primeira espécie de peixe marinho a receber uma portaria de proteção integral no Brasil. O Projeto Meros do Brasil foi criado em 2002 com o objetivo de fomentar ações de pesquisa e conservação, tendo em vista o cenário de declínio dos meros na costa brasileira. As linhas de ação do PMB são voltadas para a conservação da biodiversidade por meio de pesquisa científica, educação, comunicação, cultura e esporte. Atualmente, o Projeto realiza estudos de biologia, ecologia, genética, piscicultura subsidiando políticas públicas direcionadas aos ambientes marinho-costeiros e aos meros. A transmissão de conhecimentos ao público em geral é consolidada por meio da Educação Ambiental, das manifestações culturais e da arte. O Projeto busca ainda a inclusão da sociedade promovendo a equidade de gênero e inclusão social.

Fundação Projeto Tamar: atua no desenvolvimento de pesquisas, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda, tartaruga-de-pente, tartaruga-verde, tartaruga-oliva e tartaruga-de-couro. A instituição também desenvolve projetos socioambientais com as comunidades costeiras, que servem de modelo para outros países. Através de convênios e protocolos de cooperação técnico-científica com universidades brasileiras e estrangeiras, realiza programas de estudos direcionados ao conhecimento do ciclo de vida das tartarugas e à priorização de ações que sejam capazes de otimizar esforços para alcançar os resultados de recuperação das populações.

 


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