Monitoramento de portos reforça trabalho de proteção das aves oceânicas
Todos os dias, Rafael Pinheiro, estudante de Oceanologia, e Cassiane Tatsch, graduanda de Ciências Biológicas, ambos estagiários do Projeto Albatroz, partem das bases da organização em Rio Grande (RS) e em Itajaí (SC) para os portos pesqueiros de cada uma dessas cidades, dois dos mais importantes do País. É ali que eles se encontram com parceiros fundamentais do Projeto Albatroz em seu trabalho de conservação dos albatrozes e petréis: os pescadores.
Esse contato integra o monitoramento realizado pelo Projeto Albatroz dos portos pesqueiros de Itajaí, Rio Grande e também de Santos (SP). O trabalho é desenvolvido com os mestres de pesca, com pescadores da tripulação e com representantes de empresas pesqueiras, de forma a disseminar informações das atividades do Projeto Albatroz, a exemplo da explicação do uso de medidas para reduzir a captura das aves oceânicas. Esta abordagem também estreita o contato para a viabilização de possíveis embarques de observadores de bordo do Projeto Albatroz durante viagens de pesca.
Também são passadas orientações de procedimentos de como lidar com a captura incidental de outros animais marinhos (entre eles, tartarugas) durante os embarques.
A estagiária Cassiane explica a importância desse trabalho: “O contato com os pescadores proporciona uma troca de informações e experiências de ambas as partes. Os pescadores se tornam parceiros do Albatroz, pois também têm interesse na redução da captura incidental de aves por meio de medidas mitigadoras”. Rafael Pinheiro completa: “Por vezes, surpreendo-me com os pontos de vistas dos pescadores sobre a conservação. É um trabalho muito gratificante”.
É neste momento que também é constatado o nível de experiência que o entrevistado obtém na pesca com o espinhel. Quando é percebido que o pescador já está nesta área há algum tempo, uma entrevista semi-dirigida, mais aprofundada, ainda é solicitada. Do início de 2011 até março deste ano, 254 já foram respondidas.
Depois de prontos, esses documentos são analisados pelo Projeto. “A partir dos resultados, pretende-se potencializar as medidas de conservação dos albatrozes e petréis, ao mesmo tempo que também dimensionamos qual é a interação das aves oceânicas com os barcos que utilizam espinhel pelágico”, explica Fabiano Peppes, coordenador técnico do Projeto Albatroz. Essa técnica de pesca industrial, a que mais captura incidentalmente as aves, é utilizada para capturar atuns, espadartes e tubarões (esses últimos são vendidos, comercialmente, como meca e cação).
O Projeto Albatroz é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.
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