Sobre o
Projeto Albatroz

Dez integrantes do coletivo se juntaram à juventude de outros projetos da Rede Biomar para discutir o combate ao lixo marinho

A convite do Projeto Coral Vivo, 50 jovens da Rede Jovem Mar viajaram a Arraial d’Ajuda (BA), no início de dezembro , para participar do II Encontro Nacional Jovem Mar. O evento deste ano trouxe à tona a problemática do lixo marinho, tão prejudicial à biodiversidade e tão relevante para os cinco projetos da Rede Biomar, formada por Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Tamar, patrocinados pela Petrobras.

Em três dias de evento, os participantes puderam desfrutar de momentos de integração entre os projetos, contato com a natureza e sensibilização sobre a poluição marinha.

No primeiro dia, os jovens participantes falaram sobre sua área de atuação e suas atividades de combate ao lixo marinho. No caso do Coletivo Jovem Albatroz (CJA), ao invés contar sobre ações de clean-up, os jovens compartilharam suas experiências sobre a relação dos resíduos plásticos com o consumo exagerado e as diferentes realidades sociais.

Eles apresentaram como exemplo disso a intervenção ‘Ciência e saber popular: em busca da Justiça Socioambiental’, que contou com um percurso interativo e uma roda de conversa com lideranças comunitárias do Dique da Vila Gilda e Morro do Itararé, realizado no campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em Santos (SP).

O Coletivo Jovem Albatroz destacou, no evento, a relevância deste trabalho de educação ambiental para compreender a realidade e o descarte de resíduos na região com a maior favela de palafitas do Brasil - e como isso afeta o meio ambiente de todo o município.

No cronograma de atividades, houve exibição de filmes, debates, coleta de lixo e produção de esculturas na praia, gincanas, quiz sobre a biologia dos animais da Rede Biomar, apresentação de esquetes, visitação à sede do Projeto Coral Vivo na cidade, entre muitas outras.

Balanço das atividades

Ao final do encontro, os jovens de cada projeto se reuniram para produzir cartas aos seus coordenadores, refletindo sobre sua experiência no encontro e dizendo o que estavam levando de experiência para sua cidade natal.

Para o responsável pelo Coletivo Jovem Albatroz, Rafael Monteiro, o encontro nacional foi muito importante para que os jovens “se conhecessem e se reconhecessem”, porque são de realidades diferentes e contextos com particularidades muito significativas.

“Essa troca é muito rica. Ela nos faz perceber que não existe uma juventude no nosso país, mas sim várias, que vivem em condições bem diferentes. A partir da vivência que tivemos lá, ficou clara a importância de]  fortalecermos os processos participativos, a busca por articulação entre os jovens e a dimensão colaborativa entre eles. Porque a partir disso é possível que a gente consiga dar força e visibilidade à Rede Jovem Mar, para que ela se torne referência no território costeiro e marinho do nosso país”.

Rumo ao terceiro encontro

Em 2019, a terceira edição do Encontro Nacional Jovem Mar será organizada pelo Projeto Albatroz. Em uma das últimas atividades, os coordenadores e integrantes do Coletivo Jovem Albatroz reuniram os participantes do evento para dar início aos preparativos.

Segundo Monteiro, a juventude de cada projeto terá representantes que levarão ideias e sugestões de atividades para o próximo encontro em reuniões de planejamento. Assim, de forma participativa, conforme os princípios da educação ambiental, todos se sentirão parte do evento, que acontecerá entre os dias 9 e 11 de abril, em Bertioga (SP). O tema do próximo encontro ainda não foi definido e está sendo discutido entre os jovens dos projetos da Rede Biomar.