Sobre o
Projeto Albatroz

A região Cabo Frio (RJ) é rica em diversidade de espécies de aves: em terra, espécies como asa branca, formigueiro-do-litoral e mariquita são vistas com frequência; já em alto-mar, além de gaivotas e atobás, os albatrozes também podem ser avistados enquanto sobrevoam o oceano em busca de alimento. O Projeto Albatroz, patrocinado pela Petrobras, organizou, na segunda quinzena de julho, uma saída de campo para observação de aves e reconhecimento das áreas de restinga da cidade, com a participação de 13 jovens, entre integrantes do Coletivo Jovem Albatroz (CJA) e alunos da Universidade Veiga de Almeida (UVA) e parceiros locais.

Guiada pelo professor Eduardo Pimenta, consultor regional de assuntos estratégicos do Projeto Albatroz e coordenador do Grupo de Estudos da Pesca (GEPESCA), a saída de campo começou na área de restinga da Praia do Peró, que faz parte do Programa Bandeira Azul, e seguiu até o topo do Morro do Vigia em uma trilha com cerca de um quilômetro de extensão. Para colaborar com a segurança do grupo, a Passarinhada contou com o apoio de servidores do Departamento de Posturas da prefeitura de Cabo Frio que acompanharam o grupo durante a trilha.

Este morro é um costão rochoso que separa as praias das Conhas e do Peró, oferecendo uma visão panorâmica da região. Do topo do Mirante das Conchas, localizado a 30 metros de altura, por exemplo, é possível enxergar a ponta do Arpoador, Arraial do Cabo e as ilhas de Cabo Frio. O nome do morro, inclusive, está associado à pesca artesanal praticada com canoas e redes, na qual o vigia da pesca fica no alto do morro vigiando o cardume e orientando os pescadores no mar quanto ao lançamento da rede de pesca.

Contato com a natureza

Além da oportunidade de avistar, escutar e fotografar algumas das principais espécies de aves que ocorrem na região de restinga de Cabo Frio, a Passarinhada também proporcionou momentos de interação e contato com a natureza. De acordo com Eduardo Pimenta, os jovens também puderam conhecer algumas espécies de vegetação típicas da restinga: “Foi uma atividade bem proveitosa porque envolveu dois ecossistemas diferentes, a restinga e o costão rochoso, e nós pudemos finalizar a Passarinhada assistindo o pôr do sol no topo do Morro do Vigia”.

Emanuel Teixeira e Bruna Gomes, integrantes da turma do Coletivo Jovem Albatroz em Cabo Frio, também participaram da atividade e puderam conhecer mais sobre a riqueza natural da região. “Já havia feito trilha em alguns lugares, mas a Passarinhada foi única”, contou Bruna. “Além de sair com mais conhecimento a respeito das aves locais, pude estar perto de pessoas com os mesmos princípios que os meus, que são respeitar e cuidar da natureza.”

Estudantes da Universidade Veiga de Almeida, ligados ao Projeto Imersão, que estuda ciências e meio ambiente, também estiveram presentes no encontro.

Projeto Albatroz em Cabo Frio (RJ)

O Projeto Albatroz nasceu em Santos (SP) e desde 1990 trabalha pela conservação das espécies de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. Desde 2014, o Projeto mantém uma base avançada de pesquisa na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no campus de Cabo Frio (RJ). Por meio da parceria com o Grupo de Estudos da Pesca (GEPESCA), coordenado pelo Prof. Eduardo Pimenta, foi possível ampliar os estudos do Projeto para o Porto de Cabo Frio, rota de diversas embarcações de pesca de espinhel com a qual albatrozes e petréis interagem e pela qual são capturados. 

Atualmente, o Projeto mantém bases nas cidades de Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC), Itaipava (ES), Rio Grande (RS), Cabo Frio (RJ) e Natal (RN).