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Novo teste é realizado pela primeira vez no mundo

O mestre de pesca Celso Rocha e Fabiano Peppes, do Projeto Albatroz, conversam antes do primeiro dos quatro embarques

 

Ontem (18),  Dimas Gianuca, coordenador da base do Projeto Albatroz em Rio Grande (RS), partiu do porto da cidade para realizar o primeiro de quatro embarques para testar a mais recente e aprimorada versão do hook pod. O aparelho tem o objetivo de impedir que albatrozes e petréis, aves oceânicas ameaçadas de extinção, sejam fisgados pelo anzol da pesca com espinhel na tentativa de comer as iscas. Essa é a sexta versão do equipamento, nomeado como “Mark VI”, que será testado pela primeira vez no mundo em condições reais de pesca comercial.

Esse primeiro embarque será feito no \\\"Gera VIII\\\", barco comandado pelo mestre de pesca Celso Rocha de Oliveira. Os testes e os estudos do novo protótipo serão realizados pelo Projeto Albatroz em parceria com o Global Seabird Program (Programa Global para as Aves Marinhas) da Birdlife International e Royal Society for Protection of Birds (RSPB), por meio do programa Albatross Task Force, cujas atividades no Brasil são desenvolvidas pelo Projeto.

De acordo com Dimas Gianuca, coordenador da base do Projeto em Rio Grande (RS), observadores do bordo do Projeto Albatroz, outros pesquisadores envolvidos no estudo e ainda técnicos da empresa Fishtek, empresa fabricante do hook pod, estão confiantes de que este possa ser o modelo definitivo. “Os resultados desses testes no Brasil confirmarão se o atual modelo de hook pod está pronto para ser utilizado como uma nova medida mitigadora ou servirão para direcionar o aprimoramento de um próximo protótipo”, explica.

Função do Hook Pod: Quando os pescadores lançam os anzóis iscados ao mar, albatrozes e petréis tentam comer as iscas e acabam fisgados pelo anzóis, morrendo afogados. O aparelho “encapsula” e tapa a fisga (ponta) do anzol antes do pescador lançá-lo ao mar. Ele se abre automaticamente,  acionado pela pressão, a 20 metros de profundidade, liberando o anzol iscado além da capacidade de mergulho das aves, evitando que sejam fisgadas enquanto tentam roubar as iscas. O hook pod ainda possui uma luz (LED), que funciona com uma bateria, usada para atrair peixes de grande interesse comercial, como atum e meca.

Vantagens do “Mark VI”, o novo Hook Pod:

·         A nova versão será mais resistente do que a anterior e evitará a sua quebra durante o impacto com a embarcação. Esse problema ocorria no recolhimento da linha da pesca com espinhel;

·           Essa nova versão possibilitará a troca manual da bateria. Antes, esse processo só poderia ser realizado em fábrica;

·         A durabilidade do LED (luz do equipamento que atrai a atenção do peixe para a isca) é maior. As luzes de pesca que os pescadores estão habituados a usar para atrair os peixes necessitam de reposição de duas pilhas AA a cada viagem de pesca, com duração de 10 ou 15 dias. Já o LED do hook pod pode emitir luz por mais de um ano inteiro de operações de pesca, sem a necessidade de reposição de baterias.

O hook pod esconde a isca, evitando que o albatroz tente comê-la Dimas Gianuca se prepara para embarcar

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